Dados do Ministério da Economia indicam que 21,6% dos acordos trabalhistas feitos durante a pandemia foram de empresas do comércio em Mato Grosso do Sul. A maioria desses acordos é para suspensão do contrato de trabalho. Há também negociações para redução de jornada e salário.
Conforme o governo federal, foram feitos 104.985 acordos no estado, sendo que 22.723 foram do setor de serviços. O número representa 21,6% do total.
A indústria também teve peso nos acordos homologados, com 18.904 registros. Destes, 18.244 são da indústria de transformação.
Dentro do setor de serviços, o que mais realizou acordos, conforme os dados, foi o de alojamento e alimentação, com 15.096 acordos, a educação teve 13.970 acordos.
Por outro lado, um dos setores menos afetados da economia pela crise que a pandemia gerou foi o da construção civil. De abril a 2 de outubro, foram 1.712 negociações entre empresas e funcionários.
Já a agropecuária teve apenas 832 acordos registrados, conforme o ministério.
Perfil dos trabalhadores
Os dados revelam ainda o perfil dos trabalhadores submetidos a acordos trabalhistas em razão da pandemia. No total, 56,25% são mulheres, o que representa 59.049 pessoas. Por outro lado, são 45.810 homens com acordos homologados.
A faixa etária predominante é dos 30 aos 39 anos, com 30.049 acordos, que representa 28,6% do total. Em seguida aparecem trabalhadores com idades entre 40 e 49 anos – 19.904 acordos, dos 18 aos 24 – 19.438 e 25 a 29 – 17.807.
Tipos de acordo
Dados do Ministério do Trabalho mostram que desde abril, 46.607 trabalhadores tiveram o contrato de trabalho suspenso em Mato Grosso do Sul. Além disso, 22.488 tiveram redução de 50% do salário, 20.316 tiveram decréscimo de 70% e 14.075 empregados tiveram redução de 25%. Outros 1.499 estão em regime de contrato intermitente, quando recebe apenas no momento em que a empresa solicita seus serviços.