Sem festas, buffets buscam na criatividade conquistar clientes durante a pandemia
Desde março Campo Grande tem enfrentado a disseminação da Covid-19, o novo coronavírus e, com isso, muitos eventos deixaram de acontecer por conta das aglomerações. Um setor afetado foi o buffet de festas que diante do cenário, tem se reinventado na criatividade para conquistar os clientes. Mudando o público-alvo, Érika Rossi, de 42 anos, dona […]
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Desde março Campo Grande tem enfrentado a disseminação da Covid-19, o novo coronavírus e, com isso, muitos eventos deixaram de acontecer por conta das aglomerações. Um setor afetado foi o buffet de festas que diante do cenário, tem se reinventado na criatividade para conquistar os clientes.
Mudando o público-alvo, Érika Rossi, de 42 anos, dona de um buffet na Avenida Afonso Pena, disse que tem se esforçado para driblar a pandemia. No espaço, composto por uma doceria em um salão de festas, a empresária disse que o foco do comento é atender públicos pequenos e o maior investimento tem sido nos doces.
“No começo houve uma queda no faturamento de 75% comparado com o mesmo período do não passado. Com essas mudanças, não que tenha crescido, mas comparado ao mês de abril, deu para aumentar pelo menos 15% do faturamento em maio”, explicou.
O estabelecimento de Érika vende de doces e salgados, a bolos, marmitex e feijoada aos finais de semana. Novidade no buffet. “Começamos a fazer marmitex de segunda a sábado e aos sábados também fazemos entrega de feijoada. Nós também criamos pequenos kits de festa e reuniões, para comemorar um aniversário em casa e até kits individuais de coffe break estamos fazendo” disse a empresária, contando que os kits de aniversário, com bolo, salgadinhos e docinhos custam a partir de R$ 79,90.
Além disso, o buffet está no aplicativo de delivery de comida e com os pedidos, a empresa precisou contratar dois motoboys para fazer as entregas.
Tempo para criar novos produtos
O proprietário de uma padaria localizada na Vila Taveirópolis, em Campo Grande, Luciano Borges, de 48 anos, disse que também tem o espaço do buffet ao lado da panificadora. Com a pandemia, ele diz que não há movimento no espaço de festa, mas que a padaria está se reinventando na criação de novos produtos.
“Na padaria estamos tendo tempo para criar, estamos investindo em doces por causa do frio e em pães. Antes tocávamos mais o salão, agora, mais a padaria. Com a pandemia também começamos a fazer delivery. Em média 5 por dia, de pequenos pedidos”, explicou.
O delivery da padaria é próprio, pois o estabelecimento não está em nenhum aplicativo. Segundo Luciano, os custos para ter o serviço ofertado em uma plataforma, acaba interferindo nos preços dos produtos e não é essa a intenção.
A padaria oferece um produto na promoção a cada dia diferente da semana e, mesmo diante do coronavírus, a movimento melhorou 50%, comentou Luciano.
“Cresceu pelo marketing e pela criação de novos produtos. A culpa não é da crise, a culpa é do empresário, o empresário dentro do comércio corrige os erros e cuida de perto. Esse é todo o secreto”, contou.
Investimento para os clientes
Sócia-proprietária de um buffet na Avenida Salgado Filho, Maria de Lourdes, de 53 anos, disse que durante a pandemia, o buffet reagendou os eventos dos meses de junho e julho e, diante da situação, investiram em marmitex para os clientes.
“Fiz um curso de alimentação saudável e tenho a estrutura do buffet para fazer a comida. A ideia é fazer delivery e um valor próximo de R$ 12 por marmita. Estou fazendo as etiquetas na gráfica e só falta isso. É o jeito que encontrei para melhorar a situação”, disse.
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