Na mira de cortes orçamentários do Governo Federal, o programa Popular, em vigor desde 2004, está à beira da extinção. Em existem 438 farmácias e drogarias credenciadas no programa, que atende até 21 milhões de brasileiros anualmente.

De acordo com informações do ao Jornal Midiamax, 30% do total de estabelecimentos credenciados em MS se concentram em . Ou seja, 135 farmácias atendem pelo programa federal.

Comparado ao quantitativo nacional, o número de estabelecimentos atribuídos pelo programa no estado é mínimo pois, de 31 mil farmácias aptas pelo projeto no Brasil, 1,4% corresponde a Mato Grosso do Sul. Não foi revelado a quantidade de moradores atendidos pelo sistema no estado no último ano.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que durante os três anos do programa implantado no país, foi analisado que o número de pacientes diabéticos e hipertensos internados diminuiu, assim como os óbitos.

“Em análises sobre a evolução do Programa Farmácia Popular do Brasil e seus potenciais efeitos, foi observado que as taxas de internação por diabetes e hipertensão diminuíram expressivamente e as tendências de crescimento de mortes foram reduzidas, sendo comprovado que o Programa é custo efetivo”, pontuou à reportagem.

Farmácia Popular

O sistema criado em setembro de 2017 foi responsável por atender 21,3 milhões de pessoas somente no ano passado, oferecendo medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90% para a população. No elenco, estão remédios de uso contínuo para tratamento de hipertensão arterial, diabetes, asma, dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, incontinência urinária e anticoncepção.

Um estudo elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) mostra que o Farmácia Popular diminuiu em 27,6% as internações e em 8% dos óbitos por hipertensão arterial e diabetes no SUS, entre 2003 e 2016.

No entanto, para o atual Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, o programa, que tem orçamento anual de R$ 2,5 bilhões, é considerado ineficiente pela equipe econômica por contemplar todas as pessoas, independentemente da renda mensal.