O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (8) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em referente a julho. De acordo com os dados, no mês passado o IPCA variou em -0,01% e ficou 0,19 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,18%), sendo o menor resultado nos últimos 5 anos. Em comparação, nesse mesmo mês em 2018, a taxa havia sido de -0,37%.

Para entender melhor esses dados, vejamos as informações por grupos de produtos e serviços. A Alimentação e Bebidas, setor que corresponde ao maior número das despesas das famílias, apresentou deflação com variação de -0,07%. Alimentos como o mamão (29,86%), cebola (21,49%), frutas (2,96%) e carnes (1,4%) tiveram aumentos nos preços, já o tomate (-20,94%), feijão (18,52%), batata-inglesa (-8,13%) e hortaliças (-6,30%) tiveram quedas em seu valor.

Apesar das passagens aéreas terem aumentado pelo segundo mês seguido, foram os combustíveis (-2,71%) que ditaram o comportamento de queda do grupo Transportes (-0,06%). A gasolina (-2,95%) teve destaque e representou o maior impacto individual negativo do índice do mês. Já o etanol apresentou queda de 2,19%, após -5,06% em junho e o óleo diesel a queda foi de 1,51%.

No Vestuário (-0,41%), a evidência foi para a roupa feminina (-2,26%), apresentando a maior variação negativa dentre os grupos. Destacou-se ainda, a deflação observada no grupo saúde e cuidados pessoais, que caiu 0,20% por conta dos itens de higiene pessoal, que tiveram descontos e promoções. Com isso, o grupo gerou um impacto negativo de -0,02 p.p.

Com as contas de luz ficando em média 1,64% mais caras para o consumidor, o item foi destaque no grupo Habitação (0,24%). Os fatores que contribuíram para o aumento neste item foram a mudança da bandeira tarifária, que passou de verde para amarela, e o reajuste da tarifa em São Paulo, que tem um peso grande no índice. A Comunicação (0,70%) teve a maior alta entre os grupos, impulsionados pelo telefone celular, com variação de 1,81%.

Esses cálculos se referem às famílias que tenham rendimentos monetários de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Para chegar a esses dados foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 28 de junho de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 29 de maio de 2019 (base).