A restituições do 4º lote do Imposto de Renda pode voltar a aquecer as vendas no comércio em Mato Grosso do Sul. Neste lote, a Receita Federal deve devolver a 37.944 contribuintes do Estado um total de R$ 45.382.932,17 milhões, já na próxima segunda-feira (16).

“Boa parte desse recurso, historicamente, é usada para o pagamento de dívidas, porém há relatos dos consumidores no interesse de investir em aquisições de bens, reforma da casa, uso em viagens e nas comemorações do fim de ano, fazendo com que o comércio do Estado tenha um alento para este 2019”, explica Daniela Dias, economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS).

Associados a fatores como baixa da inflação e perspectiva de juros menores, além de medidas de estimulo à economia como a liberação de até R$ 500 do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a CFC (Confederação Nacional do Comércio) espera crescimento de vendas do .

Levantamento do IPF-MS também aponta aquecimento das vendas no último trimestre de 2019. O último mês avaliado pelo instituto foi julho, quando foi percebido aumento de 1,2% em relação ao mês anterior – no acumulado de 12 anos, o aumento percebido foi de 2,2%.

Daniela Dias explica ainda que a proximidade de duas importantes datas do varejo – Dia das Crianças e o – também sugerem uma perspectiva favorável. “Três indicadores que compõem o ICF (Índice de Consumo das Famílias) foram positivos em agosto, entre eles o consumo atual (6,1%) e o de percepção para a compra de duráveis (4,1%)”.

“O aporte do 13º salário, a liberação do e o próprio IR são variáveis que trazem uma expectativa positiva para o consumidor de sair da zona vermelha e conseguir fazer algumas aquisições”, diz Daniela.

Como gastar a restituição?

Antes de sair gastando o dinheiro, o educador financeiro Reinaldo Domingos, do canal Dinheiro à Vista, ressalta a importância de um planejamento. Segundo ele, para que consumidores endividados voltem a ter crédito no mercado e possam comprar, a restituição pode ser oportunidade de reajustar a vida financeira.

“Quem estiver com financiamentos, dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito deve estabelecer uma estratégia para eliminar o problema, já que as taxas de juros dessas dívidas são mais altas do que a lucratividade de qualquer aplicação segura”, destaca o educador financeiro Reinaldo Domingos, do canal Dinheiro à Vista.

Domingos também destaca a importância de negociar as contas antes de pagá-las, de forma que juros e multas possam ser amenizados. Já para os contribuintes que não têm dívidas, o ideal é investir o dinheiro tendo em vista já o que se pretende fazer com ele.

“Definir se são de curto, médio ou longo prazo. Isso vai proporcionar definir que tipo de investimento precisa ser feito, qual vai dar maior lucratividade”, conclui.