O dólar terminou esta quarta-feira (1) próximo da estabilidade, no patamar de R$ 3,75, após o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manter inalterada a taxa de juros. Os investidores também monitoraram a escalada da guerra comercial depois de o presidente Donald Trump ameaçar elevar a 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos importados da China, segundo a Reuters.

A moeda norte-americana fechou em leve alta de 0,16%, vendida a R$ 3,7594.

O Fed decidiu manter a taxa de juros dos Estados Unidos no intervalo de 1,75% a 2%. Em comunicado, o órgão caracterizou a economia norte-americana como forte, mantendo o Fed no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro.

No comércio internacional, o governo Trump sinalizou que pretende impor tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos importados da China depois de inicialmente taxá-los em 10%, em uma tentativa de pressionar Pequim a fazer concessões comerciais, disse uma fonte familiarizada com o assunto na véspera.

“As ameaças de Trump azedaram um pouco o humor, ele vai e volta. Depois, saíram dados robustos da ADP, que corroboram mais duas altas de juros nos Estados Unidos neste ano”, citou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Em resposta, a China disse que “chantagem” não funcionará e que retaliará se os EUA tomarem outras medidas que dificultem o comércio.

Internamente, o mercado seguia monitorando a cena política local, com a aproximação do prazo final para os partidos definirem seus candidatos para disputar a Presidência da República.

Atuação do BC

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 240 milhões do total que vence em setembro. Esse foi o primeiro leilão para essa rolagem.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de US$ 5,255 bilhões.

Última sessão

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,65%, vendida a R$ 3,7533. Em julho, no entanto, houve baixa de 3,18%, no primeiro recuo mensal desde janeiro. No ano, o dólar acumula alta de 13,27% sobre o real.