Reunião sobre fornecimento de gás natural da Bolívia é adiada novamente
Estado de saúde de Temer motivou adiamento
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Estado de saúde de Temer motivou adiamento
A visita do presidente boliviano Evo Morales e sua equipe ao Brasil foi adiada novamente em virtude da cirurgia do presidente, Michel Temer, informou a Agência Brasil. Entre diversos assuntos da pauta, está o fornecimento de gás natural para o Brasil. Em 30 de outubro a reunião foi adiada pela primeira vez, quando Temer também passou por problemas de saúde. Uma nova data para a reunião será acertada com as autoridades bolivianas.
Mato Grosso do Sul tem interesse nos resultados desta reunião, pois, além de ser economicamente rentável para o estado com a geração de ICMS, o gás boliviano dá viabilidade para o projeto da termelétrica de Ladário, município distante 435 quilômetros de Campo Grande, que está no papel há anos . Se todos as condições para a construção forem satisfeitas, a usina entrará em operação em 2023 e fornecerá energia para 1 milhão de habitantes.
Conforme análise da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o Governo do Estado tem interesse que a MSGÁS “continue com a possibilidade de ofertar gás dentro da política de atração de investimentos. A tendência é que Mato Grosso do Sul continue tendo o produto com preço competitivo, já que haverá uma nova forma de tarifar o preço”.
Estatal boliviana no varejo brasileiro
Com o afastamento da Petrobras do negócio, a Bolívia vê oportunidade para atuar no mercado varejista de distribuição de gás. Conforme publicado pela Reuters, o diretor executivo da estatal boliviana YPBF, Javier Barriga, recentemente sinalizou interesse. “À medida que a Petrobras deixar de ser a principal força nas vendas de gás, obviamente lutaremos para chegar ao consumidor final”, disse Barriga, nos bastidores de uma cúpula de países exportadores de gás realizada em Santa Cruz, na Bolívia.
De acordo com a Semagro, o fato preocupa o Governo do Estado, mas teria a garantia de que a Bolívia “não [teria] interesse em trabalhar com centenas de contratos e gostaria que um único grupo pudesse fazer essa importação e distribuição”. A secretaria ainda afirma que “o Governo do Estado sugeriu a criação de um consórcio entre empresas de gás natural que hoje dependem do gasoduto” e que “a possibilidade continua sendo analisada”.
Perdas no ICMS – Recentemente o governador Reinaldo Azambuja disse que o governo de Mato Grosso do Sul prevê perda de meio bilhão de reais com as reduções nas importações de gás natural. Principal produto na pauta de importação do Estado, o gás natural sofreu queda de preço e de compra.
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