Governo diz que venda da Eldorado Celulose por R$ 15 bilhões tranquiliza MS

Verruck disse que aquisição mantem competividade no mercado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Verruck disse que aquisição mantem competividade no mercado

 

A venda da Eldorada Brasil Celulose, empresa do grupo JBS, controlada pela holding J & F, para a holandesa Paper Excellence foi vista com bons olhos pelo governo estadual, que acredita que o negócio tranquiliza fornecedores e produtores sul-mato-grossenses.

“A tranquilidade é do ponto de vista do desenvolvimento, até porque existia toda uma preocupação com a J&F, mas a Eldorado vinha cumprindo com seus compromissos normalmente”, declarou Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

De acordo com Verruck, Mato Grosso do Sul tem quase 998 mil hectares de eucalipto, e a intenção do governo e diversificar a base florestal, já que a maior parte deste total é vinculado à indústria de celulose.

Havia uma preocupação sobre os planos de ampliação da Eldorado, frisou o secretário, que havia projetado construir uma nova fábrica capaz de produzir 2 milhões de toneladas de celulose, aumentando em mais de 100% a capacidade atual de 1,7 milhão de toneladas/ano.

“Nossa avaliação é que a Paper Excellence comprou um bom ativo, que mantém um dos custos operacionais mais baixos do mundo”, destacou o secretário, citando a ainda o fato da empresa europeia ter já estar atuando no mercado europeu e no Canadá.  

Tão logo o negocio entre a J&F e o grupo holandês seja concretizado, o governo deve se reunir com os novos donos da Eldorado para discutir não somente sobre a manutenção dos planos de ampliação da fábrica em Mato Grosso do Sul, mas também questões sobre manutenção de incentivos fiscais e licenças ambientais.

Verruck citou também a Fibri, outra gigante do setor de celulose em Três Lagoas, que deve começar a operar em breve sua unidade MS, ampliando a capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas para mais de 3 milhões de toneladas, colocando o setor como principal exportador e um protagonista da economia local.

“O mercado estava com expectativa e isso (venda da Eldorado) tranquiliza e a gente consegue olhar um novo horizonte”, finalizou Jaime Verruck. 

Conteúdos relacionados