Feirão do Imposto é lançado na Capital para conscientizar sobre alta carga tributária

O evento é aberto à comunidade

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O evento é aberto à comunidade

Hoje (10), às 18h, acontece o lançamento Feirão do Imposto 2017, no Living Lab do Sebrae/MS, marcando a adesão de Mato Grosso do Sul ao movimento nacional da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) para conscientização sobre a alta carga tributária que incide nos produtos e serviços do País. O evento é aberto à comunidade e reunirá lideranças de grupos de empreendedorismo, representantes de entidades do setor produtivo e empresários.

Membro do Conselho de Jovens da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (CJE/ACICG) e coordenador estadual da iniciativa, Rodney Júnior explica o Feirão do Imposto promove um alerta para a realidade do sistema tributário brasileiro, desenvolvendo atividades como venda de combustíveis e itens alimentícios com impostos subsidiados, exposição de produtos com e sem valor de taxas tributárias, entre outras ações.

“Hoje, apresentaremos o tema da edição 2017, que terá o objetivo de provocar uma reflexão na população sobre o impacto da corrupção nos impostos e a necessidade pela aplicação correta dos tributos em benefício para a sociedade”, revela.

O lançamento também pretende capitanear parceiros para o dia 27 de maio, quando ocorrerá uma mobilização simultânea em 24 estados e mais de 100 cidades. Em 2016, na Capital, foram ofertados 10 mil litros de gasolina com a dedução dos tributos que, sem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), caiu de R$ 3,349 para R$ 1,990 – o litro.

Regionalmente, o Feirão do Imposto será realizado em dois municípios: Campo Grande e Três Lagoas, liderado pelo CJE/ACICG, Conaje, Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem de Campo Grande e pela Associação de Jovens Empresários de Três Lagoas (AJE). A iniciativa também tem o apoio da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL/CG), Movimento Brasil Eficiente, Observatório Social Brasil, Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e Ministério Público Federal – Combate à Corrupção.

Situação no Brasil

Segundo a Organização de Transparência Internacional, o Brasil piorou três posições no ranking sobre a percepção da corrupção no mundo em 2015, ficando na 79ª posição entre 176 países, ao lado de China, Índia e Bielorússia. O estudo leva em conta outros 13 levantamentos relacionados a corrupção realizados por instituições como Banco Mundial, World Justice Project e Global Insight.

A corrupção interfere no retorno dos impostos em benefícios para a sociedade, porque retira investimentos em áreas essenciais como saúde, segurança e educação. De acordo com a Organização das Nações Unidas, estima-se que, aproximadamente, R$ 200 bilhões são desviados no Brasil, por ano. Este valor significa três vezes o orçamento da saúde ou educação, e cinco vezes o orçamento da segurança pública.

A corrupção também afeta a competitividade das empresas, sendo que o Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016. O ranking avalia 138 países e foi divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é um termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades e para que as empresas possam obter sucesso. Além disso, a corrupção atrapalha o desenvolvimento econômico e social. Pesquisas revelam que quanto maior o índice de corrupção, maior será a desigualdade e menor será o desenvolvimento.

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