Bolsa sobe 1,1% com salto da Vale; dólar fecha quase estável, a R$ 3,09

Chegou a se aproximar da barreira dos R$ 3

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Chegou a se aproximar da barreira dos R$ 3

O dólar operou com leve baixa nesta segunda-feira, recuando 0,09% e cotado a R$ 3,090 para venda. Nas duas últimas sessões, a moeda se valorizou. A sessão desta segunda é de baixo volume por causa do feriado do Dia do Presidente nos EUA, que fecha os mercados em Wall Street. O dólar chegou a se aproximar da barreira dos R$ 3 nos últimos dias e especialistas não descartem que ele possa ficar abaixo desse nível, mesmo que não se considere uma trajetória sustentável.

No mercado acionário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) avançou 1,16%, aos 68.532 pontos. Puxou o pregão o desempenho dos papéis da Vale e de sua acionista Bradespar, que disparam depois de a mineradora ter divulgado novo acordo de acionistas. A Vale ON (ordinária, com voto) subiu 6,93% (R$ 36,43) e a PNA (preferencial, sem voto) avançou 6,17% (R$ 34,24). A Bradespar saltou 16,62%, a R$ 26,59.

O novo acordo de acionistas visa a tornar a Vale uma empresa sem controle definido. Está prevista a conversão voluntária das ações preferenciais classe A (PNA) da Vale em ações ordinárias, na relação de 0,9342 ON por cada PNA da empresa.

— O novo acordo tira um desconto entre as ações da Bradespar e da Vale que vinha se formando ao longo dos últimos anos justamente pelas dúvidas acerca de sua renovação. E o acordo tem coisas muito positivas. O controle pulverizado é interessante porque permite que cada grupo votar de acordo com seu interesse, não como um blocão. Além disso, a governança aumenta, com todas as ações sendo ON e negociadas no Novo Mercado — afirmou Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.
Segundo ele, no entanto, a valorização desta segunda não é justificada apenas pelo novo acordo de acionistas:

— Isso já estava sendo ventilado há algum tempo. O importante é que estamos tendo uma continuidade da alta do minério que vem impulsionando mineradoras mundo afora.

A Petrobras ON subiu 2,15% (R$ 17,08), e a PN, 1,99% (R$ 15,92), ajudadas pela valorização de 0,54% do barril de petróleo do tipo Brent no mercado internacional (US$ 56,11). Entre os bancos, o Itaú Unibanco subiu 0,47%, o Bradesco avançou 0,4%, o Banco do Brasil avançou 1,61% e o Santander recuou 0,72%.

Na Europa, os pregões operaram com baixo volume, prejudicados pelo feriado americano. Movimentaram os papéis as notícias corporativas. A Unilever caiu 5,15%, por enquanto sua maior queda desde 2008, depois de a Kraft Heinz ter retirado sua proposta de compra de US$ 143 bilhões pela anglo-holandesa. O índice de referência Euro Stoxx 50 subiu apenas 0,11%, enquanto as Bolsas de Londres e Paris ficaram quase estáveis. Em Frankfurt, o pregão avançou 0,6%.

— O preço do minério de ferro não pára de subir. Hoje mesmo, subiu mais de 2% na China. O acordo também deve melhorar a governança da companhia. Com relação ao mercado como um todo, os economistas estão otimistas com o ciclo de afrouxamento dos juros — disse Pablo Spyer, da Mirae Asset, que estão entre a minoria de economistas que aposta em um corte de 1 ponto percentual nos juros (de 13% para 12% ao ano) na reunião desta semana: — Os juros reais estão muito altos, por isso há espaço reduzir a Selic com mais velocidade.

 

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