Intenção de plantio foi disponibilizada nesta sexta
Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 33,488 milhões de hectares na safra 2016/17, a maior área da história, o que representa uma alta de 0,9% sobre o total semeado no ano passado, de 33,181 milhões. Para esse aumento são esperadas novas áreas em vários estados, entre eles Mato Grosso do Sul. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio de Safras & Mercado, divulgado nesta sexta-feira (22).
No Centro-Oeste, o Mato Grosso tem possibilidade de crescimento leve, com aberturas de áreas novas, anteriormente direcionadas a pastagens. ”Áreas de algodão podem migrar para soja”, indica o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque, acrescentando que em Goiás e no Mato Grosso do Sul áreas novas podem ser absorvidas.
Na região Sul, a perspectiva é de manutenção da área no Paraná, com o milho voltando a ganhar alguma área devido ao preço. Pouca ou quase nenhuma área nova a ser aberta. No Rio Grande do Sul, algumas áreas novas podem ser exploradas. “A grande produtividade e rentabilidade desta safra devem incentivar os produtores novamente”, afirma o analista.
Com o resultado, a produção nacional tem chance de superar a casa de 100 milhões de toneladas, sendo estimada inicialmente em 103,364 milhões de toneladas, 6,4% superior à obtida em 2015/16, de 97,150 milhões de toneladas.
Milho
A área plantada com milho na safra de verão 2016/17 deverá subir 7,8%, ocupando 4,205 milhões de hectares no Centro-Sul. No ano anterior, o plantio totalizou 3,902 milhões de hectares.
A produção da primeira safra brasileira do cereal poderá atingir 24,564 milhões de toneladas. No ano passado, a safra de verão ficou em 22,7 milhões de toneladas. “O aumento na área de verão é resultado da melhor relação de preço do cereal na comparação com a soja”, afirma o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.
A produção da segunda safra poderá chegar a 61,7 milhões de toneladas, contra 45,17 milhões projetados para 2015/16.
A área total com o milho deverá totalizar 16,879 milhões de hectares, com aumento de 0,7%. A produção poderá atingir 92,2 milhões de toneladas, contra 72,5 milhões do ano anterior.
