Alimentação e habitação são ‘vilões’ da alta da inflação na Capital

Índice é o maior desde 2003

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Índice é o maior desde 2003

Aquela sensação de estar saindo do mercado com o carrinho pela metade e gastando o mesmo que antes, foi confirmada com o índice de inflação mais alto dos últimos 12 anos em Campo Grande.

De acordo com o IPC/CG divulgado pelo Nepes da Uniderp (Núcleo de Pesquisas Econômicas), o ano de 2015 fechou com 11,4% de inflação acumulada. A alimentação foi a categoria que apresentou a maior alta: 15,81% durante o ano. 

O levantamento aponta que a inflação ficou acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 6,5%. As maiores inflações no período foram além da alimentação, habitação (13,59%) e transportes (13,46%). Já comprar roupas, ficou um pouco mais barato, pois o grupo vestuário apresentou deflação de -0,14%.

Em dezembro, o IPC/CG ficou em 0,84%. Apesar de menor em comparação ao mês de novembro (1,14%), o indicador, comparado apenas com os meses de dezembro, foi superado apenas em dezembro de 2002, quando a inflação foi de 2,58%. Mesmo com a elevação, a expectativa dos especialistas é de que haja queda para os próximos meses.

Os responsáveis pelas maiores contribuições para a inflação em dezembro foram: etanol, com aumento de 8,20%; gasolina (2,39%); frango congelado (6,05%); tomate (20,63%); alcatra (2,77%); refrigerador (5,88 %); cebola (31,86 %); açúcar (5,56%); aluguel de apartamento (0,57%); e o contrafilé (4,54%).

O índice de preços do grupo alimentação registou alta de 1,92%. Os maiores aumentos de preços que ocorreram em produtos como: cebola (31,86%), tomate (20,63%), alho (15,30%), repolho (15,08%), entre outros. Quedas de preços ocorreram com: limão (-21,33%), manga (-14,07%), berinjela (-6,55%), entre outros. 

Carnes – Dos quinze cortes de carnes bovinas pesquisados pelo Nepes da Uniderp, dez deles tiveram alta de preços. Os maiores aumentos ocorreram com: ponta de peito (5,25%), contrafilé (4,54%), alcatra (2,77%), vísceras de boi (1,92%), patinho (1,87%), costela (1,77%), acém (0,90%), fígado (0,90%), paleta (0,69%) e músculo (0,23%). Já reduções de preços aconteceram com: lagarto (-2,66%), cupim (-1,51%), filé mignon (-1,50%) e coxão mole (-1,29%). A picanha foi o único corte que permaneceu com preço estável.

As carnes suína e de frango também ficaram mais caras em novembro. O pernil aumentou 4,05%, a costeleta 1,39% e a bisteca 1,38%. O frango resfriado teve reajuste de 6,05%, como também, os miúdos, com aumento de 1,34%.

Transportes – Em relação ao grupo transportes, houve aumento de 1,60% devido, principalmente, aos preços dos combustíveis. Os maiores aumentos ocorreram com: etanol (8,20%), gasolina (2,39%), ônibus interestadual (0,42%), diesel (0,16%) e automóvel novo (0,12%).

Educação – apresentou um pequeno aumento de 0,19%, devido ao reajuste de preços de produtos de papelaria (1,80%).

Despesas pessoais – O grupo registrou ligeira alta, 0,11%. Alguns produtos/serviços desse grupo que tiveram aumentos de preços foram: xampu (8,07%), creme dental (1,84%), papel higiênico (1,59%), entre outros. Queda de preço só ocorreu com absorvente higiênico (-0,06%).

Saúde – O grupo fechou com índice de 0,42%. Os produtos que tiveram os maiores aumentos de preços foram: material para curativo (3,82%), analgésico e antitérmico (2,28%), vitamina e fortificante (0,82%), entre outros com menores aumentos. As maiores quedas de preços ocorreram com: antialérgico e broncodilatador (-1,10%), anti-infeccioso e antibiótico (-0,53%), antigripal e antitussígeno (-0,40%), entre outros.

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