Canadá investiga primeiro caso de vaca louca desde 2011

Caso está sendo acompanhado pela indústria de carne dos EUA, que foi severamente afetada pelo surto da doença em 2003

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Caso está sendo acompanhado pela indústria de carne dos EUA, que foi severamente afetada pelo surto da doença em 2003

Autoridades canadenses anunciaram que o animal que apresentou encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da vaca louca, confirmada na última sexta, dia 13, nasceu em março de 2009, dois anos após o país proibir o uso de ração com proteína animal, uma medida para tentar prevenir a disseminação da doença.

Este é o primeiro caso da doença registrado no Canadá desde 2011. As causas da infecção estão sendo investigadas. O caso está sendo acompanhado pela indústria de carne do país, que foi severamente afetada pelo surto da doença em 2003, quando os Estados Unidos e outros países proibiram temporariamente a importação de gado e carne bovina do Canadá.

O veterinário-chefe e diretor executivo da Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA, na sigla em inglês), Harpreet Kochhar, afirmou que as investigações irão focar no rastreamento da ração usada na alimentação do animal infectado. Como precaução, a Agência de Inspeção Alimentar colocou em quarentena duas propriedades na província de Alberta: a fazenda onde o animal foi encontrado e o local onde a vaca nasceu.

Em julho de 2007, o Canadá proibiu ração com proteína animal. De acordo com relatório da CFIA de 2012, a proibição preveniu mais de 99% das infecções potenciais. Uma das possíveis formas de transmissão da encefalopatia espongiforme bovina é a alimentação com ração que contém carne e ossos animais, que podem conter proteínas infectadas.

Segundo a agência, o Canadá ainda é um país com “risco controlado para EEB”, de acordo com classificação da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), e o caso “não deve afetar as exportações canadenses de gado ou carne bovina”.

– Esperamos que nossos parceiros comerciais não alterem as condições para a importação de carne canadense – afirmou Paul Mayers, vice-presidente da CFIA.

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