Mato Grosso do Sul registrou o menor índice da região Centro-Oeste em relação ao total de dívidas de consumidores inadimplentes negativadas em setembro de 2023 e que foram regularizadas em até 60 dias.

Segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, MS registrou apenas 42,4% no índice de resolução. Já Mato Grosso teve a melhor performance local (57,2%), na frente de (55,6%) e Distrito Federal (43,1%).

Na visão nacional, do total de dívidas de consumidores inadimplentes negativadas em setembro, 56,5% foram regularizadas ou renegociadas em até 60 dias do mês de referência. O índice da região Centro-Oeste ficou em 51,8%.

Esse foi o menor percentual do ano até agora, e os números indicam, ainda, que as contas com valores de até R$ 500 foram as mais contempladas, com 60,9% de pagamentos.

“É importante notar que a última fase do programa Desenrola começou apenas em outubro, por isso que o indicador de setembro não reflete uma alta procura pela regularização dos débitos, sugerindo que os consumidores tenham optado por esperar. Para os próximos meses, a expectativa é uma melhora nesses números”, analisa o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. O especialista acrescenta, ainda, que há a expectativa de que a iniciativa do Governo Federal impulsione a estabilidade financeira nos meses seguintes.

A visão por setores das dívidas sanadas revelou que “Utilities”, segmento que engloba contas básicas como gás, energia e água, foi o foco dos consumidores: do total de contas vencidas em setembro, 72,5% foram pagas ou renegociadas em até 60 dias após o mês de referência. O segmento que menos recebeu pagamentos foi o de Telefonia (10,4%).

MS é o 4º com pior índice do Brasil

Ainda segundo o indicador, o ranking das regiões seguiu com a liderança da Sul, que sanou 61,9% das dívidas em até 60 dias da negativação ocorrida em setembro, seguida pela Sudeste (57,5%), (57,0%), Centro-Oeste (51,8%) e Norte (46,7%).

No detalhamento por Unidades Federativas, foi o que se destacou com 68,1% das contas no vermelho regularizadas no período. Mato Grosso do Sul ficou em quarto pior, ficando à frente de Acre (36,4%), Maranhão (39,9%) e Amazonas (40,3%).