O preço da cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 732,75 e segue como a 5ª mais cara entre as 27 unidades da federação. Em abril, os alimentos básicos registraram uma ligeira alta de 0,37% em relação a março, mas acumula uma alta de 5,03% ao ano.

Para um trabalhador que ganha um salário mínimo, de R$ 1.412, são necessárias 114 horas de trabalho, cerca de 14 dias de trabalho, para comprar uma cesta básica. Os dados foram revelados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgadas nesta terça-feira (7), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Se comparado o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, ou seja, após descontados os 7,5% referentes à Previdência Social, em abril de 2023, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 56,10% do seu rendimento líquido para adquirir alimentos básicos.

Preço dos alimentos em Campo Grande

Cesta básica
Frutas e legumes em supermercado de Campo Grande (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Com o fim da safra de verão, o tomate (10,4%) registrou a maior alta pelo 2° mês consecutivo entre os itens da cesta básica. Com uma variação de 8,90% em 12 meses, o quilo do fruto passou de R$ 7,75 (2023) para R$ 8,44 em média nesse ano.

Item essencial para as famílias, o leite de caixinha registrou alta de 1,50%, movimento que tende a permanecer devido à entressafra da cadeira láctea. No entanto, a manteiga teve queda de -2,18%, registrando um movimento oposto. Ao longo de 12 meses, as trajetórias alternam: o leite caiu -11,15%, enquanto os derivados tiveram alta de 0,37%.

O feijão-carioquinha (-3,21%), carne bovina (-0,63%), farinha de trigo (0,16%) e arroz agulhinha (-0,51%) registraram queda nos preços.

Após queda em março, o óleo de soja (1,78%), que em doze meses registrou retração de (-20,81%), e o açúcar cristal (1,30%) reverteram as baixas. Além disso, o café (5,27%), batata inglesa (2,81%) e o pãozinho francês (1,75%) tiveram alta.

De acordo com o Dieese, ao longo de um ano, o preço médio do insumo se mantém na casa dos R$ 4,00, e do derivado se mantém na casa dos R$ 16,00.

Dez capitais registraram alta na cesta básica

Cesta básica
Itens da Cesta básica (Arquivo, Jornal Midiamax)

Em 10 das 17 capitais analisadas pelo Dieese, houve aumento no valor do conjunto dos alimentos básicos que compõem a cesta básica em abril de 2024. As maiores altas ocorreram em Fortaleza (7,76%), João Pessoa (5,40%), Aracaju (4,84%), Natal (4,44%),
Recife (4,24%) e Salvador (3,22%).

Entre as reduções mais expressivas destaca-se Brasília (-2,66%), Rio de Janeiro (-1,37%) e Florianópolis (-1,22%).

Em relação aos custos, São Paulo liderou com o maior custo (R$ 822,84), seguida do Rio de Janeiro (R$ 801,15), Florianópolis (R$ 781,53) e Porto Alegre (R$ 775,63). Campo Grande ocupou a quinta posição com R$ 732,75.

Comparando os valores da cesta entre abril de 2023 a abril de 2024, 14 capitais tiveram redução no preço médio, entre 1,49%, em Brasília, e 9,24%, em Salvador. As quedas foram registradas em Porto Alegre (-1,01%), Campo Grande (-0,68%) e Goiânia (-0,56%).

Salário mínimo ideal é de R$ 6,9 mil

Salário ideal é R$ 6,9 mil
Salário ideal é R$ 6,9 mil (Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax)

Conforme o Dieese, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas corresponde a R$ 6.912,69 em abril de 2023, ou 4,9 vezes o valor do salário mínimo de R$ 1.412,00.

Em março, o valor necessário era de R$ 6.832,20, ou seja, 4,8 vezes o valor do salário mínimo. Já no mesmo período do ano anterior, o valor necessário era de R$ 6.676,11 ou 5 vezes o valor do salário mínimo vigente na época, que era de R$ 1.302,00.

Na Capital sul-mato-grossense, o valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas chega a R$ 2.198,25.

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