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Consumidor

IPCA do setor de alimentação e habitação de Campo Grande encerra dezembro com saldo negativo

IPCA aponta que o setor de saúde e cuidados pessoais saltou 1,36% comparado a novembro; acumulado de 2022 é de 5,13%
Karina Campos -
Alimentos em mercado de Campo Grande (Foto: Nathália Alcântara/Midiamax)
Consumidor em supermercado (Foto: Nathália Alcântara/Midiamax)

O INPC (Índice Nacional de Preços aos Consumidor) de dezembro encerrou com saldo negativo nos setores de alimentação e bebida (-0,26), habitação (-0,21) e artigos para residência (-0,17%), em Campo Grande. Conforme o balanço divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice geral do mês é de 0,30%.

A variação acumulada do ano atinge 10,72% em alimentação e bebidas e 11,10% em alimentação no domicílio. O consumidor também gastou mais no mercado. O acumulado no preço da farinha de trigo atingiu 38,75%; tubérculos, raízes e legumes 45,05%; batata-inglesa registrou acumulado no preço de 60,41%; a cebola teve as maiores altas (125,02%).

“No caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro (-13,71%)”, explica o analista do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), André Almeida, sobre o cenário nacional.

Saúde

Já o setor de serviços relacionados à saúde e cuidados pessoais encerrou o ano com variação positiva comparado aos meses do ano, alcançando 1,94%, enquanto em novembro os preços tiveram variação de -0,32%. Entretanto, o acumulado nos 12 meses é de -6,27%.

No detalhamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a variação para serviços e cuidados pessoais atingiu o acumulado de 10,40% na Capital, dentre eles: médico (4,65%), dentista (5,65%), plano de saúde (7,39%) e cuidados pessoais (17,23%).

MêsJaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembroAcumulado
Índice geral %0,721,121,851,370,170,53-1,01-0,29-0,380,450,230,305,16
Alimentação e bebidas0,991,792,502,10-0,570,200,500,45-0,021,191,12-0,2610,41
Habitação0,790,472,300,18-0,701,290,570,66-0,280,21-0,18-0,214,66
Artigos de residência1,151,601,592,290,50-0,020,880,500,42-0,50-0,98-0,177,07
Vestuário1,270,940,530,340,972,021,861,350,911,090,350,9713,67
Transporte0,330,362,812,100,86-0,22-6,73-4,28-1,920,020,140,47-3,74
Saúde e cuidados pessoais0,471,320,462,021,351,37-0,121,700,441,06-0,321,9410,40
Despesas pessoais0,700,590,790,150,390,550,660,510,960,050,170,576,16
Educação0,475,630,38-0,150,220,330,200,890,100,110,270,048,05
Comunicação0,440,34-0,040,120,370,29-0,17-0,54-3,05-1,33-0,480,44-2,48
Dados do IBGE

Habitação

O setor da habitação enfrentou altas e baixas, com acumulado de 4,66%. A variação nos preços de encargos e manutenção acumulam 11,25%, aluguel e taxas 10,54%, taxa de água e esgoto 13,23% e reparos com 7,09%.

Já no cenário nacional, o setor da construção civil fechou o ano com alta de 10,90%, segunda maior taxa desde 2014 na série com desoneração, caindo 7,75 pontos percentuais em relação a 2021 (18,65%). Em dezembro, a taxa apresentou variação de 0,08%, ficando 0,07 ponto percentual abaixo da taxa do mês anterior (0,15%), mantendo a tendência de desaceleração no ano e registrando o menor índice de 2022.

O setor fechou o mesmo com taxa negativa (Foto: Simone Mello/Agência IBGE Notícias)

Vestuário

O setor de vestuário registrou a segunda maior variação do mês em Campo Grande, com 0,97%. O mercado se manteve estável. O acumulado do mês comparado aos demais para roupas masculinas atinge 16,53%, 19,45% para peças femininas e 10,82% para roupa infantil. As despesas pessoais, que abrangem diversos gastos, considerou o acumulado de 6,16% ao mês.

INPC sobe 0,69% em dezembro

O INPC teve alta de 0,69% em dezembro, 0,31 pontos parciais acima do resultado observado em novembro (0,38%). Em dezembro de 2021, a taxa foi de 0,73%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,55% de variação em novembro para 0,74% em dezembro. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,67% em dezembro frente à alta de 0,32% no mês anterior.

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em dezembro, Campo Grande teve a segunda menor variação no ranking entre as capitais brasileiras, com 0,30%, ficando atrás apenas o Rio de Janeiro (0,21%).

Taxa de gastos

Quanto aos índices regionais, a Capital de Mato Grosso do Sul ficou em 5º lugar entre as menores taxas de região metropolitana. São Paulo (7,22%) registrou a maior, especialmente por conta das altas do emplacamento e licença (23,66%) e do aluguel residencial (10,48%). A menor variação ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre (3,05%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços da gasolina (-30,90%) e da energia elétrica residencial (-32,79%).

Todas as áreas tiveram variações positivas em dezembro, sendo a maior em Rio Branco (AC) (1,32%), por conta da alta da energia elétrica (8,77%). Já o menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro (0,33%), onde, além da queda na energia elétrica (-3,54%), houve recuo nos preços de produtos alimentícios como o leite longa vida (-4,70%) e as frutas (-3,49%).

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