Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que, nos oito primeiros meses de 2023, cebola, frango, batata, óleo de soja, feijão e carnes tiveram quedas expressivas de inflação e despontam como os produtos com maior queda de preço nas prateleiras dos supermercados de Campo Grande. Os índices de inflação foram medidos pelo IPCA (Índice de preços no consumidor) na semana passada.

Em primeiro lugar da lista, a cebola aparece com maior queda no prato dos sul-mato-grossenses. A redução no ano é de mais da metade do preço no comparativo com o ano passado, 51,8% ao todo. 

Na sequência, aparecem os tubérculos, raízes e legumes, com redução de 21,3%, o óleo de soja, com 20,1%, batata inglesa (18,4%) e o frango inteiro (17,9%). Outros produtos que tiveram queda de valor acima de 10% na Capital são as carnes (10%), feijão-carioca (17,1%), costela bovina (15,6%), maçã (15%), frango em pedaços (14,9%) e melancia (13,5%).

No cenário nacional, os números indicam retração expressiva e consecutiva nos últimos três meses no grupo de alimentos e bebidas. Em agosto, o recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).

A inflação de agosto no Brasil fechou em 0,23% e foi abaixo do valor projetado pelo mercado. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Em agosto, o maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.

“O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica André Almeida, gerente do IPCA/INPC.