Nova alíquota de imposto deixará gasolina R$ 0,30 mais cara a partir de junho em MS

Aumento do gás de cozinha que estava previsto para abril foi adiado para maio

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
licitação gasolina combustíveis jardim
Imagem ilustrativa (Reprodução, Marcelo Camargo, Agência Brasil)

Após ter estabelecido alíquota de R$ 1,45 para gasolina e etanol na última quarta-feira (29), o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) reviu a decisão e decidiu diminuir para R$ 1,22 o litro. Em Mato Grosso do Sul, a mudança impactará num aumento que passará dos atuais R$ 0,87 para R$ 1,22.

Conforme o sindicato dos donos de postos de combustíveis, isso implicará num aumento médio de cerca de R$ 0,30 o litro da gasolina e etanol.

O presidente do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal), Carlos Eduardo Xavier, afirmou que a alíquota fixa (ad rem) do ICMS, imposto estadual, da gasolina será alterada para R$ 1,22 por litro. A nova base de cálculo começará a valer a partir de 1º de junho em todo território nacional.

“Fizemos discussões técnicas ao longo desta semana, a gasolina ainda está no conceito de essencialidade. Consideramos uma média do que temos hoje de alíquotas modais no País e chegamos a um valor que dá conforto para todos”, disse Xavier sobre a mudança na alíquota.

Aumento no gás de cozinha fica para maio

Os secretários também decidiram prorrogar o prazo de início de vigência da alíquota única de ICMS sobre diesel e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), mais conhecido como gás de cozinha, para 1º de maio. A princípio, passaria a valer em 1º de abril.

De acordo com o Sinergás (Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste), o produto terá aumento de R$ 7,49 em Mato Grosso do Sul, o maior do País.

Com os acréscimos, ele avalia que o preço do botijão pode chegar a R$ 135 no Estado. “No interior o aumento tende a ser ainda maior pela distância das cidades. Não é a mesma coisa que a realidade da Capital”, acrescenta. 

Xavier afirmou que o tema foi discutido ao longo da semana e em reunião com o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Suprema Corte tem articulado as negociações entre União, Estados e Distrito Federal sobre a definição do imposto estadual.

Questionado sobre possíveis perdas de arrecadação com a nova alíquota, Xavier disse que dependerá de cada Estado. “Estamos falando de um contexto de 27 alíquotas distintas. A variação da carga efetiva vai ser uma análise feita Estado a Estado”, disse.

*Com Agência Estado

Conteúdos relacionados