A manhã deste sábado (24) ainda é tranquila no Centro de Campo Grande. Lentamente, famílias chegam para fazer compras na véspera de Natal e fugir do grande movimento que deve se formar ao longo do dia.

Apesar de várias pessoas circularem nas ruas centrais da Capital, o movimento ainda é tímido e permite compras sem empurra-empurra. Quem deixou para a última hora preferiu chegar cedo para garantir os ‘mimos’ da família e até mesmo se presentear.

O motorista Alex Trevisan, de 44 anos, veio de Ribas do Rio Pardo para fazer as compras de Natal e garantiu peças de roupas. “Comprei duas bermudas, vim aqui para pagar umas coisas e já aproveitei. Estava na correria demais e não consegui vir antes”, comentou.

Também sozinha no Centro, Viviane Alves, 39 anos, procurava presentes para a família, em especial para o filho. “É um presente para meu filho, eu trabalho e só tenho tempo hoje mesmo, estava muito corrida”, explicou.

Presentes programados

A atendente de telemarketing se programou para presentear com o dinheiro do décimo. “Peguei a primeira parcela do décimo para pagar as contas e a segunda peguei para presentes”. O filho vai receber um tênis novo escolhido com carinho, pois “é o que ele está precisando”.

A correria da rotina também fez Bruno Alle, 26 anos, e sua mãe, Andréa Alle, 52 anos, deixarem as compras para a última hora. “Foi realmente uma correria. Já sabendo que não iria trabalhar hoje, aproveitei para vir comprar”, admitiu a mãe.

Os dois passarão o Natal em Sidrolândia e devem presentear pelo menos 10 pessoas. “A gente está em busca de presentes para a família inteira, a família é grande”, disse Bruno. Assim, os presentes vão para cunhados, sogros, sobrinhos e irmãos. Andréa destacou que são “lembrancinhas, algo para não passar em branco”.

Então, Bruno explicou que foram “cedo para aproveitar e não pegar muito movimento. Mas o brasileiro sempre deixa para última hora”, brincou.

Troca de presentes

Acompanhado dos três filhos, de 16, 15 e 7 anos, Jeferson Cunha deixou a escolha dos presentes nas mãos deles. “Recebi hoje, estava trabalhando até então e não tinha recebido, eles mesmos escolheram”, afirmou. No entanto, garantiu que o presente não poderia ser caro. “Falei para escolher um preço razoável para não lascar o pai”.

Orgulhoso, encheu o peito para dizer que o presente dos filhos foi a aprovação na escola. “Passaram de ano, me deram um presente bom”, disse ao lembrar que os presentes dele também são condicionados ao resultado escolar. Por fim, Jeferson também escolheu uma bermuda para si e se presenteou.

Roupas para a família toda

Assim como ele, Osmar Varela, 40 anos, foi ao Centro para buscar presentes para a família e acabou se presenteando. Com uma bermuda e uma camiseta para ele, o construtor civil estava acompanhado da esposa de 28 anos, enteado de 11 anos e do filho de 10 meses.

“Estava na correria ontem, trabalhei até às quatro da tarde, mas já tinha dinheiro guardado, passou um pouco e inteirei”, comentou. A família toda ganhou roupas de presente, a esposa ficou com calça jeans e blusa, o bebê com camiseta e conjunto e o enteado recebeu uma calça jeans, camiseta e short.

“Algumas coisas estavam caras, mas procurei por promoções”, explica o segredo para render o dinheiro. Por fim, pontuou que os preços eram mais acessíveis em 2021. Mas admite que a conta subiu porque a família aumentou. “Não dá para comprar sempre de primeira linha, ano passado gastei menos”, finalizou.