Faltam exatamente 30 dias para a Copa do Mundo 2022, no Catar. As cores verde e amarelo da bandeira do Brasil já tomam conta da maioria das lojas no Centro de Campo Grande, aumentando a expectativa de lucro dos lojistas.

Conhecido mundialmente como ‘país do futebol’, não só pelos títulos da Seleção Brasileira, mas pela resumida definição da torcida aflorada, as reuniões em família e até a pausa no trabalho durante a partida em pequenas televisões de repartições.

Artur Willian Silveira Monteiro, de 32 anos, supervisor de vendas, é do time de reunião em família e transmissão da Copa do Mundo em casa, ao lado da esposa e da família. Qualquer grande final já é motivo para reunir em comemoração.

“Nós gostamos muito de futebol. A Copa é mais especial, então vamos ter que organizar um churrasco ou algo assim. Ainda não comprei minha camisa, se for comprar será aquela nova azul”, conta.

Verde e amarelo no coração

Dedicar uma verba do salário é demais para o serralheiro Márcio de Jesus da Silva, de 41 anos, que não pretende decorar a casa ou algo do tipo, porém, não significa que deixará de torcer fervorosamente ou se preparar para os jogos brasileiros.

“Eu gosto é da ‘muvuca’, de ficar perto das pessoas, torcer. Eu já tenho uma televisão boa, se for para tocar seria em uma melhor. Quero ver em casa, com as pessoas que eu gosto, torcer pelo Brasil. Assim, não sou de comprar alguma coisa só para isso, quem sabe se o Brasil avançar para uma final”.

Alice Fonseca, de 32 anos, pretende esperar um pouco mais para investir na decoração ou vestimenta. “Quero comprar para meus filhos e meu marido também, mas acho que seria melhor lá perto dos jogos do Brasil. A abertura não vou conseguir ver, vou estar trabalhando. Meu marido é ‘doente’ por futebol, vai querer fazer algo em casa, comer petiscos, chamar a turma toda”.

Otimismo do comércio com a Copa do Mundo

Tradicionalmente, a venda de produtos com a bandeira movimenta o comércio em período da Copa do Mundo. Arnaldo Gonçalves Duarte, de 67 anos, sabe bem, já que há 44 anos é vendedor ambulante e está acostumado a revender bandeiras.

“Vendo de 15 a 20 bandeiras por dia por R$ 10 cada uma. A bandeira de capô de carro está em falta há uns 20 dias; eu compro do fornecedor por R$ 22 e vendo aqui por R$ 28, o lucro para a gente é muito pequeno, se der muita venda é um salário mínimo por mês”.

A expectativa é que a seleção passe dos três primeiros jogos, para que assim renove o estoque atual, assim, saindo em média 100 bandeiras por dia. Com esse balanço, conseguiria viajar por dois dias em São Paulo.

“Nós estamos muito confiantes que o Brasil jogue bem, será uma beleza para gente. Inclusive, temos sempre que consultar com o fornecedor, já estão relatando falta nos estoques para atacadistas”.

vitrine Copa do Brasil
Vitrine com produtos da Copa do Mundo (Foto: Karina Campos)

Milena de França Borges, de 24 anos, está vendendo, em média, 25 camisetas infantis por dia. A proximidade dos jogos anima quem depende das vendas. O estoque ainda não foi renovado, a aposta da lojista é em produtos variados, como os acessórios.

“Tem gente que já chega específico para comprar o conjunto. Tudo de novidade que chega vamos repondo, mas o movimento vem aumentando bastante nesses dias”, disse.

Será que o hexa vem?

A Seleção Brasileira de Futebol entra em campo para disputar o título inédito de hexacampeão mundial. A primeira rodada de estreia será no dia 20 de novembro, às 13h (horário de Brasília), entre o grupo A, Catar enfrenta o Equador e Holanda disputará com o Senegal.

O Brasil joga no dia 24 de novembro, às 16h, contra a Sérvia, ambos do grupo G, assim como Suíça e Camarões, onde a seleção entra nos dias 28 de novembro, às 13h, e 2 de dezembro, às 14h, respectivamente.

Dependendo da posição, pode passar para as oitavas de final, pegar o primeiro ou segundo colocado do grupo H, onde está Gana, Uruguai, Portugal e Coreia do Sul.

Caso vença todas as etapas, a seleção compete a final no dia 18 de dezembro.