Campo Grande registra a maior alta no valor da cesta básica entre todas as capitais do Brasil

Capital possui a sétima cesta mais cara entre as capitais e o quarto maior aumento em um ano

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Campo Grande registrou o maior aumento do valor da cesta básica entre março e abril deste ano, além disso o município possui a sétima sexta mais cara entre todas as capitais do país, aponta um levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgado nesta sexta-feira (7).

Conforme o levantamento, Campo Grande registrou em abril um aumento no valor da cesta básica de 6,02% em relação a março, seguida por João Pessoa com um aumento de 2,41%, Vitória com aumento de 2,36% e Recife com aumento de 2,21%.

Se olharmos para os doze últimos meses, ou seja, entre abril de 2020 até abril de 2021, Campo Grande figura em quarto lugar na lista com uma alta de 18,27%, atrás apenas de Brasília (24,65%), Florianópolis (21,14%) e Porto Alegre (18,80%).

Nos quatro meses de 2021, as capitais com as maiores altas foram: Curitiba (8,00%), Natal (4,24%), Aracaju (3,64%), João Pessoa (3,13%) e Florianópolis (3,08%). A principal queda, no mesmo período, foi de -4,49%, em Salvador.

Apesar da maior variação do último mês, se olharmos o valor bruto de cada cesta, Campo Grande possui a sétima mais cara do Brasil, com valor médio de R$ 586,26 atrás de Florianópolis, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória e Brasília. Veja a lista completa abaixo:

Salário mínimo

Com base na cesta mais cara que, em abril, foi a de Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.330,69, valor que corresponde a 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em março, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.315,74 ou 4,83 vezes o piso em vigor.

Campo Grande (números de abril)

  • Valor da cesta: R$ 586,26.
  • Valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas: R$ 1.758,78.
  • Variação mensal: 6,02%.
  • Variação no ano: 1,70%
  • Variação em 12 meses: 18,27%.
  • O produto com maior variação no mês de abril foi o tomate (12,90%), com preço médio de R$ 4,20 o quilo.
  • Os outros 11 itens com variação positiva na comparação com o mês anterior foram o café em pó (11,62%), seguidos por feijão carioquinha (8,97%), manteiga (8,82%), pão francês (7,58%), batata (6,61%), açúcar cristal (6,11%), carne bovina (5,92%), farinha de trigo (5,57%), óleo de soja (5,52%), banana (1,34%) e o leite de caixinha 0,89%).
  • Com preço médio de R$ 4,66 o quilo, o único produto com retração em abril foi o arroz (-2,71%).
  • A jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica foi de 117 horas e 15 minutos.
  • Percentual do salário mínimo líquido comprometido para compra de uma cesta básica: 57,62% (aumento de 3,27 p.p. em relação a março).

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