Diante da crise causada pela pandemia e com menos pessoas nos corredores dos supermercados, alguns estabelecimentos buscam alternativas para ‘driblar’ o coronavírus e cativar a fidelidade do cliente. Supermercados adotam estratégias como o delivery, para evitar aglomerações nos locais. Há estabelecimentos que pagam o transporte individual por aplicativo para os funcionários, uma forma de evitar que os trabalhadores se contaminem com a doença no transporte coletivo.
Em um supermercado do bairro São Francisco, já foi possível perceber uma redução de 30% no fluxo de pessoas nos corredores. Segundo a gerente, os clientes têm optado por fazer as compras sozinhos, para evitar aglomeração. “Antes, vinha a família inteira fazer compras e, consequentemente, consumiam mais”, diz.
Para driblar a redução no movimento e também para ajudar os consumidores idosos, o supermercado adotou a opção de delivery. Os clientes ligam para o estabelecimento e fazem o pedido para receber em casa.
Também no São Francisco, um supermercado optou por pagar o transporte por aplicativo para os funcionários. Assim, eles chegam ao trabalho na hora e ainda evitam a contaminação do coronavírus nos ônibus.
“Temos que fazer que funcionário chegue bem para um bom atendimento, fazer com que os clientes venham pela organização, limpeza e higienização [do supermercado]. Ouvimos sugestões, temos que prestar serviço de qualidade”, afirma o gerente Anderson dos Santos, de 32 anos.
No supermercado, todos os funcionários devem utilizar máscaras e há álcool em gel logo na entrada. Segundo o gerente, houve uma queda de 30% nas vendas no supermercado.
A doceira Caroline de Oliveira, de 57 anos, compareceu a um supermercado nesta quarta-feira (22) e conta que a saga das compras não é fácil. Os cuidados começam antes de sair, com máscara e álcool em gel na bolsa. Depois, ela higieniza todas as embalagens e deixa as sacolas plásticas do lado de fora de casa, antes mesmo de entrar. “No mercado, eu olho o preço de longe, só toco no que vou comprar”, ressalta.
A enfermeira Jocilene Lopes, de 34 anos, conta que não costumava fazer compras nos supermercados, mas aderiu o hábito para ajudar os pais idosos, que não podem sair de casa. “Eu chego em casa, troco de roupa, tomo banho e higienizo todas as compras, antes mesmo de levar para os meus pais”, conta.
