Os principais bens duráveis e semiduráveis oferecidos no varejo subiram, em média, 1,85% nos 12 meses compreendidos entre abril de 2011 e março de 2012. O resultado é inferior à inflação de 5,47% apurada para o mesmo período pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10).

Os dados são de uma pesquisa divulgada hoje (15), Dia Mundial do Consumidor, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre), André Braz , as pessoas que pouparam para fazer compras, aproveitando as promoções, poderão ter um ganho ganho significativo nesta época do ano.

“Se o consumidor encontrar alguma promoção em que já houve espaço para algum recuo no preço ou para uma evolução abaixo da inflação, ele vai conseguir encontrar boas oportunidades no mercado”, disse à Agência Brasil.

Alguns produtos eletroeletrônicos, por exemplo, apresentaram deflação em relação ao dia do consumidor do ano passado. Foi o caso de aparelhos de televisão (-8,65%), celulares (-7,58%) e videogames (-7,41%).

“Quem poupou dinheiro e está interessado em comprar um desses equipamentos, vai encontrar uma vantagem maior do que no passado”. Já no setor de vestuário, Braz disse que a evolução dos preços não foi tão favorável, “porque muitos itens selecionados nessa área ficaram acima da inflação média. Em termos reais, eles ficaram até mais caros”.

 Foi o caso de roupas infantis, femininas e masculinas, que subiram, respectivamente, 9,85%, 8,53% e 7,30%, e calçados infantis (9,78%). O economista da FGV alertou, entretanto, que as compras devem ser feitas somente por quem se programou para isso, para “não comprometer o orçamento da família”. Reiterou que para quem não se preparou, “vale o incentivo para começar logo [a poupar], a fim de aproveitar a boa fase [de preços]”.