O advogado Fernando Magalhães, um dos defensores do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, afirmou após ter abandonado o julgamento do seu cliente que vai recorrer ao TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) contra o que ele classificou como “cerceamento de defesa”. O advogado ainda afirmou que vai tentar permanecer na defesa do réu.

Magalhães declarou que os advogados do ex-policial vão representar contra a magistrada Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“Ele [Bola] nos quer no caso. Vamos pleitear ao Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça para que possamos continuar no processo sem o cerceamento de defesa”, afirmou.

Magalhães e os outros advogados de Bola deixaram o fórum Doutor Pedro Aleixo na tarde desta segunda-feira (19).

“A magistrada está desrespeitando o direito de defesa e impedindo que nos manifestemos de maneira livre”, disse, para complementar. “É impossível que se aconteça um julgamento”, afirmou.

“A falta de acesso a mídias, a falta de acesso a provas dos autos, a falta de acesso aos jurados de provas que foram recolhidas anteriormente. São 35 nulidades que nós apontamos. Ela quer que nós falemos das 35 em 20 minutos”, afirmou o advogado, que saiu do local com uma bolsa de viagem.

A juíza perguntou a Bola se ele gostaria de ser defendido por dois defensores públicos. Diante da negativa, a juíza determinou a ele que apresente novos advogados no prazo de 10 dias e desmembrou o processo em relação a ele.

“Acredito que a vontade dele prevalece e o Tribunal de Justiça terá bom senso. Nós não fizemos nada para termos essa sanção”, afirmou o advogado.

De acordo com ele, a juíza vai “vedar” o acesso deles novamente à defesa do ex-policial.