O governo federal decidiu aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e, apesar de a medida impactar apenas empresas, os consumidores vão sentir no bolso. Na prática, produtos, serviços, compras e viagens ao exterior vão ficar mais caras.
O IOF é um imposto cobrado sobre a maior parte das operações financeiras e é revertido como receita para a União. Esse imposto também se aplica a pessoas físicas, pois aparece em compras feitas no exterior com cartão de crédito e na aquisição de moeda estrangeira. Ou seja, viagens mais caras.
Mas o consumidor também deve ser afetado de maneira indireta. Com as operações mais caras, compras na região de fronteira vão encarecer. E esse ponto impacta diretamente moradores de Mato Grosso do Sul.
O economista Renato Prado Siqueira explica que o aumento do IOF deve afetar diretamente o comércio de fronteira em Mato Grosso do Sul, porque encarece as compras feitas com cartão e a aquisição de moeda estrangeira. “Essas vendas são muito comuns entre os consumidores que viajam a países vizinhos, como Paraguai e Bolívia”, afirma.
Exportações e agronegócio
O aumento do imposto vai impactar todas as operações de crédito e, claro, quem tem mais investimentos ou negócios que envolvem empréstimos será mais afetado. Entre os setores, o agronegócio deve sentir.
Renato, economista, explica que a elevação do imposto sobre empréstimos externos de curto prazo aumenta o custo de captação de recursos para exportadores. Principalmente para o agronegócio, que, muitas vezes, depende desse tipo de financiamento para movimentar suas operações e manter a competitividade internacional.
O economista Hudson Garcia concorda e destaca que o agronegócio deve sofrer aumento de custos, perdendo competitividade. Os setores de turismo e comércio de fronteira também podem ser afetados.
Aumento do IOF
No pacote original, o governo havia estabelecido uma alíquota de 3,5% de IOF para diversas operações no exterior, incluindo:
- compras com cartões internacionais;
- remessas ao exterior;
- empréstimos externos de curto prazo;
- aplicações financeiras feitas por fundos brasileiros no exterior.
Com a revogação, esse último item, dos investimentos de fundos nacionais no exterior, continua com IOF zero, como vinha ocorrendo antes da nova regra.
Apesar da revogação parcial, outras mudanças no IOF seguem válidas a partir desta sexta-feira (23), como:
- aumento do IOF para compra de moeda estrangeira em espécie, que passou de 1,1% para 3,5%;
- elevação das alíquotas para empresas em operações de crédito;
- criação de alíquota de 5% para aportes elevados em planos de previdência complementar (VGBL).
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