Sem ônibus, trabalhadores caminham por 3 horas para chegar em casa de madrugada

Em semana marcada por ônibus quebrados, Consórcio Guaicurus deixou trabalhadores a pé

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(Foto: Fala Povo)

Imagina terminar seu expediente de trabalho a meia-noite e na hora de ir para casa, o ônibus simplesmente não passa. O Consórcio Guaicurus deixou trabalhadores do período noturno a pé e, para chegar em casa, precisaram caminhar por mais de três horas.

A situação ocorreu na madrugada desta quinta-feira (23), com trabalhadores de uma rede de fast food de um shopping na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Eles esperavam o ônibus da linha Caiobá, que deveria ter passado às 00h30 pelo local.

Os trabalhadores esperaram até quase 1h, sem sucesso. Cansados depois do dia de trabalho, sem dinheiro para transporte por aplicativo e sem respaldo do Consórcio Guaicurus, os trabalhadores precisaram ir a pé para casa.

Só que os funcionários moram há mais de 10 km de distância do trabalho, o que significa uma caminhada de duas a três horas para conseguir chegar em casa. “Só a minha corrida de aplicativo ia dar 60 reais, por isso fui a pé”, conta um dos trabalhadores.

Problemas recorrentes

Os trabalhadores esperavam pela segunda volta do ônibus que passa 00h30, pois precisaram ficar até um pouco mais tarde no trabalho. Essa foi a primeira vez que tiveram problema com o ônibus do Consórcio Guaicurus este ano.

Mas o fim de 2024 foi de bastante dor de cabeça para os trabalhadores. Eles afirmam que por várias vezes o ônibus das 23h30 não passou e precisavam ficar no ponto esperando até 00h30, esperando a segunda volta.

“Ficávamos no ponto correndo risco de ser assaltado, pois o shopping fecha os portões das escadas a meia-noite em ponto”, conta um dos trabalhadores. Todas às vezes que os problemas aconteceram, eles acionaram o Consórcio Guaicurus e foram informados que há prazo de 10 dias para a resolutiva.

O Consórcio Guaicurus foi questionado sobre o motivo do ônibus não ter passado e o espaço segue aberto ao posicionamento.

Serviço precário

O reajuste da passagem é esperado para mudança em breve. A tarifa está em fase de cálculo e deve ser anunciada nos próximos dias. Contudo, os passageiros questionam o aumento diante do serviço precário. Sendo assim, desde 2012, cerca de 14 mil passageiros abandonaram o transporte público, e ao invés de investir em gestão e qualidade, o Consórcio Guaicurus tirou mais de 30 ônibus de circulação e pressiona por reajustes.

Informações contidas na Política Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Urbana, mostram o reflexo do descaso do serviço do Consórcio Guaicurus com a população. Em apenas dois anos após o início da concessão, o número de passageiros pagantes começou a cair. Dos 56,6 mil passageiros que iam e vinham de ônibus em 2012, apenas 42,5 mil resistiram ao transporte até 2019.

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