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Cotidiano

Município manda Consórcio Guaicurus tirar 98 ônibus velhos das ruas em um mês

Empresários do ônibus terão que pagar multa de 5% sobre a receita diária
Gabriel Maymone -
Ônibus quebrado em frente a Câmara de Vereadores. (Marcos Tenório, Midiamax)

Em meio à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura justamente o sucateamento da frota de ônibus de , o Consórcio Guaicurus deverá tirar 98 veículos velhos das ruas. A determinação é da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos).

Conforme publicado no Diário do município desta quarta-feira (21), os empresários do ônibus têm prazo de 30 dias para trocar os veículos velhos por outros que estejam dentro da idade estipulada em contrato.

Assim, decisão assinada pelo diretor-presidente da agência, José Mário Antunes da Silva, diz: “DETERMINO a retirada de circulação dos 98 (noventa e oito) veículos identificados no Ofício n. 2.397/DIRETRAM/, de 11 de dezembro de 2024 (fls. 07-21), por estarem em desconformidade com os limites de idade útil previstos contratualmente”.

Por fim, determinou abertura de processo administrativo para aplicação de multa, que é de 5% sobre o valor da receita diária, conforme o contrato de concessão.

CPI recebeu mais de 500 denúncias contra o Consórcio Guaicurus

Até esta segunda-feira (19), a CPI do Consórcio registrou 521 denúncias em Campo Grande. Usuários apontam falhas no serviço do transporte público da Capital.

A má conservação, a falta e os atrasos constantes de ônibus em Campo Grande lideram as reclamações contra o Consórcio Guaicurus. Relatório do grupo aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.

Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do transporte coletivo “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”. A má conservação lidera as denúncias, seguida da falta de ônibus, e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.

Frota velha do Consórcio Guaicurus afeta principalmente três regiões de Campo Grande

Consórcio vai ter que colocar 98 ônibus mais novos para atender ao limite de idade de veículos estipulado em contrato – (Arquivo, Jornal Midiamax)

Relatório da CPI do Consórcio Guaicurus evidenciou três regiões mais afetadas pelo transporte público com frota velha. 

Destacaram-se como regiões mais afetadas: Sul, Sudoeste e Norte de Campo Grande. Seis linhas receberam o título de mais problemáticas, sendo elas: 070, 080, 102, 235, 302 e 517.

Contudo, outras linhas também estão entre as citadas nas reclamações. Os grupos mais impactados com o serviço do Consórcio são “trabalhadores, estudantes, idosos e pessoas com deficiência”.

A reportagem acionou a assessoria do Consórcio Guaicurus para se manifestar sobre a decisão. Assim que obtiver retorno, a resposta será inserida neste espaço.

Transporte público em crise: má conservação e falta de ônibus lideram reclamações contra Consórcio

“As reclamações evidenciam um sistema de transporte público em crise, marcado por superlotação, atrasos, má conservação e descaso com os usuários”, destacam os vereadores da Comissão. O relatório do grupo aponta que “a população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão”.

Assim, a partir das denúncias, os vereadores classificam a situação atual do transporte coletivo “como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”.

A má conservação lidera as denúncias, com 33% dos registros; 10% referem-se à falta de ônibus, e o mesmo percentual para atrasos dos veículos.

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Confira o relatório das principais reclamações registradas até o momento:

  • Superlotação
  • Descrição: ônibus frequentemente operam com capacidade excedida, dificultando o embarque e desembarque, especialmente nos horários de pico.
  • Exemplos:
  • Linha 080 (Jardim Seminário): passageiros ficam pendurados nas portas.
  • Linha 109: ônibus sempre lotados, sem condições adequadas de viagem.
  • Impacto: atrasos, desconforto extremo e riscos à segurança.
  • Atrasos e Irregularidades nos Horários
  • Descrição: ônibus não cumprem os horários previstos, gerando atrasos recorrentes para passageiros.
  • Exemplos:
  • Linha 520: atrasos frequentes em horários de pico.
  • Linha 72: ônibus reforço chega atrasado ou não aparece.
  • Impacto: comprometimento da pontualidade no trabalho, escola e compromissos pessoais.
  • Má Conservação dos Veículos
  • Descrição: frota sucateada, com problemas como goteiras, bancos soltos, janelas quebradas e elevadores defeituosos.
  • Exemplos:
  • Ônibus da linha 070: elevador para deficientes quebrado e motor fundido.
  • Linha 109: chuva dentro do ônibus e veículos velhos.
  • Impacto: falta de conforto, risco de acidentes e problemas de acessibilidade.
  • Falta de Ônibus
  • Descrição: redução de linhas e frota insuficiente para atender à demanda.
  • Exemplos:
  • Bairros como Caiobá e Zé Pereira relatam retirada de linhas essenciais.
  • Linha 303 Bonança: reforço matinal interrompido sem explicações.
  • Impacto: longos intervalos entre os ônibus, aumento do tempo de espera e dificuldade de deslocamento.

  • Descaso com Pessoas com Deficiência
  • Descrição: falta de acessibilidade e respeito aos direitos de pessoas com deficiência.
  • Exemplos:
  • Elevadores quebrados impedem o embarque de cadeirantes.
  • Sinal sonoro para PCD falha frequentemente.
  • Impacto: exclusão e dificuldade de acesso ao transporte público.

  • Falta de Fiscalização
  • Descrição: ausência de controle nos terminais e pontos de ônibus.
  • Exemplos:
  • Passageiros embarcam pela porta de desembarque, causando desorganização.
  • Fiscais negligenciam reclamações e permanecem inativos.
  • Impacto: caos nos embarques e falta de respeito às regras.
  • Altos Preços da Passagem
  • Descrição: tarifa considerada cara em relação à qualidade do serviço prestado.
  • Exemplos:
  • Moradores criticam o valor de R$ 4,95 por um serviço precário.
  • Usuários relatam que o custo não condiz com a experiência oferecida.
  • Impacto: insatisfação generalizada e percepção de injustiça.

Também são apontadas:

  • Condições Precárias nos Terminais
  • Descrição: infraestrutura dos terminais está deteriorada, com banheiros sujos, falta de cobertura nos pontos e ausência de bebedouros.
  • Exemplos:
  • Terminal Nova Bahia: goteiras e água quente nos bebedouros.
  • Terminal : descrito como “chiqueiro” pelos usuários.
  • Impacto: desconforto e exposição a condições inadequadas.
  • Falta de Ar-Condicionado
  • Descrição: ônibus sem climatização, especialmente problemático em dias quentes e chuvosos.
  • Exemplos:
  • Linhas longas, como 109, não possuem ar-condicionado. Passageiros relatam calor insuportável e falta de ventilação.
  • Impacto: sofrimento físico e risco à saúde.
  • Monopólio do Consórcio Guaicurus
  • Descrição: críticas ao modelo de consórcio, que limita a concorrência e incentiva a má qualidade.
  • Exemplos:
  • Motoristas relatam pressão psicológica e excesso de carga horária.
  • Frota sucateada e superfaturamento em notas fiscais.
  • Impacto: serviço ineficiente e falta de melhorias significativas.

Como enviar denúncias para a CPI?

– WhatsApp: (67) 3316-1514

– E-mail: cpidotransporte@camara.ms.gov.br

– Formulário anônimo disponível no site www.camara.ms.gov.br ou clicando aqui.

O vereador Lívio (União Brasil) preside a Comissão. Além disso, a CPI do Transporte Público também é composta pelos vereadores Ana Portela (PL), que está na relatoria, Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP).

***

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