O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (16) o balanço de registros de óbitos em 2023. Duas cidades “novinhas” de Mato Grosso do Sul registraram apenas uma morte ao longo do período de referência.
Criada em 2003, por meio de decreto estadual, após a aprovação de um plebiscito nas cidades vizinhas de Costa Rica e Chapadão do Sul, a cidade de Paraíso das Águas teve apenas uma morte em 2023, de acordo com dados das Estatísticas do Registro Civil do IBGE.
O percentual de subnotificação de óbitos, segundo o Ministério da Saúde, é de 0,02%. Entretanto, os dados não revelam a faixa etária da única morte registrada no ano.
No total estimado de nascidos vivos, de acordo com o município de residência da mãe, 18 crianças nasceram na cidade.
Contudo, o Censo Demográfico de 2023 indica uma população de 5.521 habitantes. Bebês de 0 a 4 anos lideram a maior faixa etária moradora da pequena cidade, com 219 meninos e 236 meninas, conforme o último levantamento.
Além disso, Paraíso das Águas ocupa o posto de 10ª cidade menos populosa do Estado — e não a menor, como se poderia esperar de um município tão novo —, distribuída em seus 5.061,433 km² de extensão. A densidade demográfica ficou em 1,09 hab/km². A variação da população residente foi de 962 pessoas em relação ao último Censo.
Figueirão
Outra cidade recente de Mato Grosso do Sul também figura no ranking de menor número de óbitos em 2023. Apenas uma pessoa morreu no município no período de referência.
O percentual de sub-registro de óbitos, segundo o IBGE, e o percentual de subnotificação de óbitos, segundo o Ministério da Saúde, também são de 0,02%. Assim como em Paraíso das Águas, não há informação sobre a idade da pessoa falecida.
Os dados do Censo Demográfico de 2022 indicam que Figueirão é o município com o menor número de habitantes de Mato Grosso do Sul, passando de 2.928 moradores em 2010 para 3.539 em 2022, o que representa um crescimento de 611 pessoas (20,87%).
Quanto ao total estimado de nascidos vivos, de acordo com o município de residência da mãe, quatro crianças nasceram em Figueirão em 2023.
Maiores números de óbitos
Seguindo a lógica proporcional à população, Campo Grande registrou o maior número de óbitos em 2023: 6.438 mortes, com um percentual de subnotificação de 0,15%, segundo o Ministério da Saúde.
A cidade, que conta com 898.100 habitantes, conforme o Censo de 2022, registrou 11.829 nascidos vivos no período.
Em segundo lugar está a Grande Dourados, com 1.620 óbitos notificados e 3.802 nascidos vivos no mesmo intervalo.
Ranking
Município | Número de óbitos |
Paraíso das Águas | 1 |
Figueirão | 1 |
Corguinho | 29 |
Jateí | 30 |
Alcinópolis | 31 |
Taquarussu | 33 |
Jaraguari | 33 |
Douradina | 36 |
Novo Horizonte do Sul | 38 |
Rochedo | 38 |
Santa Rita do Pardo | 38 |
Caracol | 39 |
Laguna Carapã | 50 |
Rio Negro | 50 |
Anaurilândia | 52 |
Juti | 59 |
Bodoquena | 61 |
Inocência | 62 |
Tacuru | 65 |
Bandeirantes | 65 |
Vicentina | 66 |
Antônio João | 70 |
Japorã | 72 |
Selvíria | 73 |
Aral Moreira | 74 |
Dois Irmãos do Buriti | 74 |
Angélica | 78 |
Sete Quedas | 78 |
Sonora | 79 |
Água Clara | 80 |
Paranhos | 85 |
Eldorado | 86 |
Brasilândia | 87 |
Pedro Gomes | 87 |
Glória de Dourados | 88 |
Batayporã | 89 |
Porto Murtinho | 94 |
Nioaque | 101 |
Guia Lopes da Laguna | 104 |
Deodápolis | 104 |
Coronel Sapucaia | 108 |
Iguatemi | 112 |
Terenos | 115 |
Camapuã | 128 |
Nova Alvorada do Sul | 128 |
Bonito | 131 |
Itaporã | 133 |
Itaquiraí | 133 |
Ladário | 134 |
Ribas do Rio Pardo | 147 |
Chapadão do Sul | 149 |
São Gabriel do Oeste | 157 |
Rio Verde de Mato Grosso | 159 |
Mundo Novo | 163 |
Costa Rica | 177 |
Bataguassu | 179 |
Caarapó | 188 |
Cassilândia | 188 |
Bela Vista | 191 |
Fátima do Sul | 191 |
Ivinhema | 198 |
Miranda | 199 |
Jardim | 206 |
Maracaju | 217 |
Rio Brilhante | 228 |
Anastácio | 229 |
Aparecida do Taboado | 229 |
Sidrolândia | 276 |
Coxim | 296 |
Amambai | 306 |
Naviraí | 344 |
Nova Andradina | 363 |
Paranaíba | 373 |
Aquidauana | 449 |
Ponta Porã | 612 |
Corumbá | 782 |
Três Lagoas | 915 |
Dourados | 1.620 |
Campo Grande | 6.438 |
Longevidade e redução de mortes
No cenário nacional, ocorreram no país 1,43 milhão de óbitos, registrados até o primeiro trimestre de 2024, uma redução de 5% em comparação ao ano anterior. A maior queda se deu no grupo de idosos de 80 anos ou mais de idade, com -7,9%, o que equivale a uma redução de 38.035 óbitos.
O grupo de idosos em geral (pessoas com 60 anos ou mais de idade) representou 71% dos óbitos registrados, o que corresponde a 1,01 milhão de mortes de pessoas idosas. Na comparação com 2022, observou-se uma queda de 5,7% (61.272 óbitos registrados a menos).
A redução do número de óbitos ocorreu em todas as grandes regiões e em 23 unidades da Federação. As maiores quedas do número de óbitos foram observadas nas regiões Sul (-8,0%) e Nordeste (-5,3%). A Região Norte registrou a menor queda relativa (-2,3%). Por unidades da Federação, destacam-se quedas acima de 10% na Paraíba (-11,8%) e no Rio Grande do Sul (-10,2%).
Em 2023, na comparação por sexo, ocorreram e foram registrados 783 mil óbitos masculinos e 646 mil femininos. A redução no número de óbitos masculinos em relação ao ano anterior foi de 4,9%, e dos femininos, de 5,2%. Em consequência, a razão de óbitos entre os sexos aumentou de 120,8 para 121,2 óbitos masculinos a cada 100 femininos.
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