Em Mato Grosso do Sul, análise da renda por gênero entre os trabalhadores do estado aponta que os homens recebem R$ 3.838,00 em média, enquanto as mulheres recebem R$ 3.081,00. Isso representa uma diferença de 19,7% a menos para as mulheres.
Os dados fazem parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, referente ao último trimestre de 2024. O levantamento foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (14).
Renda expõe desigualdade por cor e raça
Já na análise do rendimento por cor ou raça, as pessoas brancas recebem em média R$ 4.251,00, enquanto as pardas recebem R$ 2.961. Ou seja, a população parda ganha quase um terço (30,4%) a menos que a população branca.
De maneira geral, segundo a pesquisa, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores do estado no último trimestre de 2024 foi de R$ 3.505,00. Isso significa que MS tem o 8º maior rendimento médio do trabalho principal entre os estados brasileiros.
O número é considerado estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.341,00) e ao mesmo trimestre de 2023 (R$ 3.460,00).
Profissionais com nível superior recebem mais que o dobro
A pesquisa ainda apontou diferenças na renda do trabalho principal por nível de instrução no último trimestre de 2024.
“As informações obtidas permitem entender que em Mato Grosso do Sul há uma diferença notável entre os valores pagos a profissionais que têm nível superior e aqueles que não completaram seus estudos”, afirma o IBGE.
Enquanto os profissionais de nível médio em MS recebiam R$ 2.830,00 em média, os profissionais sul-mato-grossenses com nível superior recebiam R$ 6.121,00 em média, o que representa uma diferença de 116,3%.
No quadro abaixo é possível observar o rendimento médio real do trabalho principal de pessoas de 14 anos ou mais por nível de instrução em MS.
Se considerada a área de atividade exercida, os números mostram os setores profissionais que recebem maior remuneração média.
Já o quadro abaixo mostra a média da renda por posição na ocupação. Por exemplo, enquanto um empregador com CNPJ teve renda média R$ 10.158,00, um empregador sem CNPJ teve renda média de R$ 8.200,00.
Por fim, a PNAD ainda apresenta análise sobre o Grupamento Ocupacional. Nessa observação do rendimento, ganha destaque o grupo de diretores e gerentes, com renda bem acima dos demais grupos.
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