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Cotidiano

Aulão gratuito quer ensinar defesa pessoal para mulheres do Guanandi

Iniciativa é independente e quer que o projeto atenda mulheres de diversos bairros
Priscilla Peres -
Aula de defesa pessoal (Foto: Jean Casarin/ Fratres MS)

Pertencente à região de com maior número de casos de violência contra a mulher, o vai receber um aulão gratuito no sábado (15), para ensinar técnicas de defesa pessoal para mulheres.

A iniciativa é independente e partiu do presidente da Associação do bairro, Márcio do Carmo. Ele conta que a ideia surgiu como forma de pelo dia das mulheres e enfrentamento a .

“É uma iniciativa nossa, pelo Conselho Comunitário de Segurança do Grande Aero Rancho e da policial civil Lucimara Jara, em vista dos recentes acontecimentos”, explica Márcio, que quer tornar o projeto permanente e itinerante.

O aulão será ministrado pela instrutora Lucimara Jara, que é policial civil e instrutora de defesa pessoal policial. A aula acontece às 14h, na rua Clevelândia, 708, no Guanandi II. Mais informações ou inscrições devem ser feitas no WhatsApp (67) 99321-9914.

Mulheres de baixa renda são mais vulneráveis

 Dossiê Mulher Campo-Grandense, divulgado nesta semana pela Prefeitura de Campo Grande, mostra que mulheres partas, sem renda própria e moradoras de regiões periféricas são as mais atendidas na Casa da Mulher Brasileira, como vítimas de violência.

Os dados evidenciam ainda que há uma correlação entre os índices de vulnerabilidade das regiões e os casos de violência contra a mulher. Em 2024, a maior parte das mulheres atendidas na Casa da Mulher Brasileira residia na região do Anhanduizinho, considerada uma das mais perigosas da cidade.

Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, a CMB cadastrou 4.735 mulheres no Sistema Iris, distribuídas por região da seguinte forma:

  • Anhanduizinho: 24,4%
  • Bandeira: 14,9%
  • Centro: 5,4%
  • Imbirussu: 14,6%
  • Lagoa: 15,5%
  • Prosa: 5,5%
  • Segredo: 14,7%

Outro fator que contribui para a perpetuação da violência é a dependência financeira e emocional. Muitas vezes, isso impede que mulheres rompam o ciclo da violência. Os dados reforçam essa realidade, uma vez que 20% das mulheres que buscaram ajuda na CMB não possuíam nenhuma fonte de renda.

Outras 34,8% declararam receber entre 1 e 3 salários mínimos (R$ 1.518,00 a R$ 4.554,00), enquanto 31,4% afirmaram ganhar mais de meio salário mínimo e 9,3% sobreviviam com apenas meio salário (R$ 759,00).

Confira a reportagem completa aqui.

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