Ato público em favor da democracia reúne políticos e público de todas as idades

O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, CUT-MS, UGT, Juristas pela Democracia, PSOL, UP, PCdoB, PDT, PSB e PT

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Ato público reuniu mais de 200 pessoas (Madu Livramento, Midiamax)

O ato público em favor da “Democracia, contra o golpe e sem anistia”, em alusão ao dia 08 de janeiro de 2023, quando ocorreram ataques antidemocráticos dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo realizado nesta quarta-feira (08), em Campo Grande, no salão no fundo do SINTTEL/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações de Mato Grosso do Sul), e reúne políticos e público de todas as idades.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) disse que o ato é uma representação de resistência. “Credito à mobilização a confiança que a sociedade brasileira tem na democracia. Embora nós tenhamos, em nossa história, em vários episódios de períodos mais opressores, de ditadura, nós também temos um apreço pela democracia. Você vê que, quando chega no período eleitoral, as pessoas se envolvem na discussão da escolha do governo, seja municipal, federal, de qual nível. As pessoas gostam da participação política, ninguém tolera o autoritarismo. É por isso que, quando estão ameaçadas a democracia e as liberdades, as pessoas participam, manifestam”, explicou ao Jornal Midiamax.

Vereadora Luiza Ribeiro (PT) participando do ato (Madu Livramento, Jornal Midiamax)

Um exemplo de participação popular é o de Maria da Graça Amaral Silva, de 73 anos, que fez questão de comparecer ao evento, que reúne, em média, 200 pessoas. “Eu sou aposentada da Educação e fui do Centro de Defesa de Direitos Humanos. A história de vida da gente, traz a gente aqui, por isso, pela defesa da democracia, sem anistia. Eu acompanhei o período da Ditadura, morei em São Paulo num período crítico. Por isso, acredito que não se deve sequer pensar em anistia”, disse à reportagem do Jornal Midiamax.

Por outro lado, o jovem estudante de 22 anos, Vinícius Leite, disse que aproveitou o período de férias no Paraná, onde cursa Engenharia Química, para participar dessa construção política. “Eu já estudo política há um bom tempo. Meu pai, inclusive, entrou no mundo político exatamente por causa disso. Toda essa questão, especialmente a trabalhista, que desde 2016 para cá a gente vem cada vez mais perdendo mais e mais direitos, a reunião que a gente está tendo aqui, a aglomeração, é para lutar contra uma possível anistia que venha a vir. Recentemente, agora em novembro de 2024, foi descoberto o plano de assassinato de grandes líderes no poder brasileiro, e de modos extremamente caricatos e absurdamente violentos”, explicou.

Vinícius ainda relembrou a “quase” concretização do ato terrorista com mais detalhes. “O Brasil é composto por golpes no poder, mas essa tentativa representa um poder, uma elite, tanto política quanto monetária, que tá tentando tomar o poder e tá tentando dominar o poder pra si, tirando todos os direitos e toda a voz do povo trabalhador. Esse movimento, especialmente aqui no nosso estado, que é muito tomado pelos partidos de oposição, acaba sendo uma forma de existência, de mostrar tanto pros trabalhadores, pra aposentados, pra servidores públicos, que eles não tão sozinhos, pra a gente voltar a ter um sentimento de coletividade de um modo geral”, finalizou.

O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, CUT-MS, UGT, Juristas pela Democracia, PSOL, UP, PCdoB, PDT, PSB e PT.