Acampadas em avenida de Campo Grande, famílias venezuelanas querem vida nova em MS

Quem passa pela Avenida Duque de Caxias tem visto barracas instaladas em uma área próxima ao IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). O espaço está servindo de lar para duas famílias venezuelanas, 8 pessoas no total, que estão em Campo Grande em busca de documentos para se estabelecerem no Brasil. 

Os dois casais não se conheceram na Venezuela. Foi em um abrigo em Campo Grande que as histórias deles se cruzaram recentemente.

Daniel e Franyesca 

Seis meses atrás, Daniel José, Franyesca Maria e o bebê deles, que tinha apenas 6 meses, vieram andando da Venezuela para o Brasil e pararam em Miranda, a 210 km de Campo Grande. Na cidade, foram acolhidos por Nilson Jara de Abreu.

Daniel passou a trabalhar com todo tipo de serviço que aparecia, como pedreiro, eletricista e pequenos reparos. Um mês atrás, o casal veio a Campo Grande para iniciar o processo de obtenção do CPF (Cadastro de Pessoa Física), foi quando ambos conheceram Daniel Alexander e Yuleidys Marianny, com os três filhos do casal, em um abrigo da capital.

A experiência não foi positiva. No local, Daniel José e Franyesca contam que tiveram seus pertences furtados e ainda precisavam conviver com um ambiente lotado e barulhento. Assim, preferiram se instalar nas barracas, e foram acompanhados por Alexander, Yuleidys e os filhos deles de 6, 3 e 2 anos.

Alexander e Yuleidys 

Ao sair da Venezuela, a família de cinco pessoas não veio direto para o Brasil. Eles escolheram morar no Peru por um tempo, até que decidiram migrar para o Brasil, tendo como destino a cidade de Corumbá, a 425 km de Campo Grande.

Foi há cerca de 20 dias que saíram de Corumbá para a capital em busca dos trâmites para conquistar o CPF.

Documentação e vida nova

Nesta semana, Daniel José e Franyesca receberam o CPF deles, e Alexander e Yuleidys conseguiram iniciar o processo de obtenção do documento, motivo que trará o casal de volta a Campo Grande no dia 14 de março.

Enquanto isso, a amizade entre as duas famílias se fortaleceu e, até que o CPF da família de Alexander fique pronto, as duas famílias partirão juntas para Miranda.

De acordo com Daniel José, o Nilson já se comprometeu a receber essa segunda família na casa dele, no entanto, os venezuelanos não têm como voltar à cidade do interior por falta de recursos.

Daniel José conta que, quem desejar ajudá-los, pode enviar doações para a chave Pix do Nilson: 01148106138.

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