A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou nota de pesar na tarde deste sábado (27) pela morte Marcelly Marcia Franca Almeida, de 33 anos, na terça-feira (23), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino.

“Nesse momento difícil, estamos dedicando todos os esforços para conduzir procedimentos administrativos e éticos visando à completa apuração dos acontecimentos”, diz a nota.

No texto, a prefeitura ainda cita ameaças as equipes da unidade, sem dar detalhes. “Repudiamos de forma veemente quaisquer ameaças à integridade física e psicológica das equipes de saúde que desempenham suas funções na UPA Coronel Antonino”, traz.

“Manifestamos nossa solidariedade à família e reiteramos nosso compromisso em zelar pela segurança e respeito no ambiente de trabalho dos profissionais de saúde. Este é um momento de luto para toda a comunidade, e estamos dedicados a proporcionar esclarecimentos e suporte necessário”, finaliza o texto.

Família reclama de demora no atendimento

Um familiar disse que Marcelly chegou a procurar atendimento por três vezes e que nessa terça-feira chegou à UPA por volta das 13 horas com queixas de vômito, diarreia e dores no peito.

No boletim de ocorrência registrado pelo marido, a informação é de que entre o primeiro pedido de atendimento até o momento em que Marcelly foi atendida se passaram, aproximadamente, duas horas.

O relatório médico, conforme consta no registro policial, afirma que o quadro de Marcelly evoluiu para parada cardiorrespiratória e que foram realizados nove choques, mas ela não resistiu. A morte foi confirmada às 16h45.

Marcelly era assistente social e trabalhava em uma organização não governamental que atende crianças com paralisia cerebral. Ela era casada e mãe de duas meninas, de 15 e 12 anos.