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Cotidiano

Sem câmeras para inibir moradores, descarte ilegal de lixo vira prática frequente em Campo Grande

Campo Grande interrompeu medida que previa instalação de câmeras em pontos críticos
Lethycia Anjos -
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Nem placas inibem o descarte irregular
Nem placas inibem o descarte irregular (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Restos de construções, entulhos e até animais mortos: em toda Campo Grande, os ‘lixões’ a céu aberto se incorporaram à paisagem cotidiana da cidade. Um dos pontos mais críticos está na calçada da Escola Municipal Irene Szukala, no bairro Aero Rancho, onde estudantes precisam atravessar o lixo para chegar à escola a pé.

Em setembro de 2023, o Jornal Midiamax visitou o local e constatou de perto o acúmulo de lixo em frente à escola, localizada na Rua Iemanjá, na lateral da Avenida Raquel de Queiroz. Na época, uma placa destacava a proibição do descarte de lixo, dando ênfase que a prática é passível de multa.

Segundo, uma moradora a prefeitura tem limpado o local, mas da noite para o dia, os moradores desrespeitam e o lixo “retorna” à calçada.

Nem placas impedem descarte irregular

Placa de proibição
Placa de proibição (Arquivo Midiamax)

Na tentativa de coibir o descarte ilegal, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), instalou placas ressaltando a proibição e anunciou a instalação de câmeras de vigilância no local e em diversos outros pontos considerados ‘críticos’ na cidade, no entanto, o projeto nunca tomou forma e foi interrompido pela prefeitura.

De volta ao local, após cinco meses, o lixão persiste como um problema crônico e sem solução, visto que a má educação por parte da população é um dos fatores envolvidos.

Projeto terreno limpo

Lixo escola ao lado da escola (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Anunciado em março de 2023, o projeto ‘Terreno Limpo’ tinha como objetivo eliminar os lixões clandestinos da cidade até o final de abril. A iniciativa incluía a ampliação dos ecopontos de cinco para 50 e a instalação de câmeras em locais críticos.

O problema do ‘lixão’ da escola no Aero Rancho é tão frequente que o lançamento do programa foi realizado na frente da unidade escolar. Na época, foi instalada uma câmera de segurança para monitorar o descarte irregular e a calçada da escola, a propósito, foi local do lançamento do projeto.

Quase um ano depois, a Semadur comunicou a interrupção do projeto, sem fornecer detalhes sobre os motivos da suspensão. No entanto, a pasta destaca que mantém fiscalização constante nas sete regiões da cidade.

Embora a remoção dos resíduos em vias públicas e calçadas seja frequente, a Sisep ressalta que, mesmo com as ações de limpeza e fiscalização, a população segue descartando entulhos nos mesmos pontos, como evidenciado na Escola Irene Szukala, que passou por uma nova limpeza nesta semana.

Lixo rua
Lixo nas ruas se tornou frequente em Campo Grande (Nathalia Alcântara, Midiamax)

“Após uma limpeza realizada cerca de 60 dias atrás, o local já apresentava novamente acúmulo de entulhos’. Uma nova operação de limpeza e remoção de resíduos foi realizada nesta semana na referida localidade”, afirma a pasta.

Já a Semadur destaca que as ações de fiscalização são realizadas diariamente, no entanto, pontua que se não houver flagrante não é possível a identificação do autor e, portanto, a responsabilização e autuação do mesmo.

Como denunciar?

Caso presencie o descarte irregular de resíduos, a Semadur orienta ao cidadão acionar a Guarda Civil Metropolitana por meio do telefone 153, para que o autor seja autuado em flagrante por crime ambiental e penalizado por infração ambiental.

Campo Grande também conta com ecopontos em que pode ser feito o descarte de lixo. Confira os endereços: 

  • Panamá: Rua Sagarana com a Av. José Barbosa Hugo Rodrigues
  • Noroeste: Rua Piraputanga, esquina com rua Guarulhos
  • Nova Lima: Rua Pacajus, 194
  • União: Avenida Roseira, 912
  • Moreninhas: Rua Copaíba, 640

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