Saneamento básico evoluiu em Mato Grosso do Sul, mas 1,3 mil pessoas não têm acesso a banheiro

Em Campo Grande, dos 325 mil domicílios, 208 mil têm saneamento básico, enquanto 346 não têm acesso a nenhum tipo de esgotamento sanitário

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(Foto: Divulgação, Águas Guariroba)

Dos 979 mil domicílios de Mato Grosso do Sul, 493 mil domicílios têm algum tipo de acesso a saneamento básico, mas 264 mil residências usam fossa. O Censo 2022 mostra que 5,3 mil domicílios do Estado não têm nenhum tipo de esgotamento sanitário e, destas, 635 residências não tinham banheiro.

Em Mato Grosso do Sul, 1.395 pessoas não tinham acesso a banheiro ou sanitário em 2022. Dados mais alarmantes mostram que 25,6 mil pessoas tinham apenas sanitário ou buraco para as necessidades fisiológicas e outras 12,5 mil pessoas tinham apenas banheiro de uso comum a mais de um domicílio.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta sexta-feira (23) mais uma etapa do Censo 2022. A pesquisa de característica de domicílios mostra dados sobre tipos de domicílios, acesso à água encanada, banheiros e esgotamento sanitário.

Em Campo Grande, dos 325 mil domicílios, 208 mil têm saneamento básico, enquanto 346 não têm acesso a nenhum tipo de esgotamento sanitário. Na segunda maior cidade do Estado, Dourados tem 69% da população com algum tipo de esgotamento sanitário, enquanto Três Lagoas, terceira maior cidade, tem 80% da população com acesso a esgotamento sanitário.

Mas os dados de acesso ao saneamento básico pioram consideravelmente quando se olha para os municípios mais interioranos. Mesmo em Bonito, referência em ecoturismo, apenas 77% da população têm algum acesso a esgotamento sanitário.

MS é destaque na evolução do acesso à coleta de esgoto

Os dados do Censo 2022 mostram que 87% da população de Mato Grosso do Sul tinha acesso à rede geral de distribuição de água, média maior que a nacional, atualmente em 82,9%. Mas 10,6% da população ainda consome água de poço profundo ou artesiano.

Em relação ao acesso a esgotamento sanitário, 45,8% da população de Mato Grosso do Sul têm rede de esgoto, percentual abaixo da média nacional de 58,3%, mas bem acima do vizinho Mato Grosso, onde apenas 29,2% da população têm saneamento básico. Mas, em Mato Grosso do Sul, 50% da população ainda usa fossas como esgotamento sanitário.

Entre 2010 e 2022, Mato Grosso do Sul registrou a maior evolução do país no crescimento da população, residindo em domicílios com coleta de esgoto. O percentual saiu de 37,7% em 2010 para 72,5% em 2022.

Acesso à coleta de lixo

Os dados do Censo 2022 mostram que em Mato Grosso do Sul 90,3% do lixo de domicílios particulares é coletado, sendo 88% coletado nas casas. Entre os municípios, Campo Grande se destaca com 99,2% da coleta do lixo, enquanto em Japorã, região sul, apenas 29% da população têm coleta de lixo.

Em Japorã, quase 62% da população queima o lixo dentro da propriedade, devido à falta de coleta. Dos 79 municípios, apenas 18 têm coleta de lixo presente para mais de 90% da população. E em três cidades, menos de 50% da população têm coleta de lixo.

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