Rua de UPA com ‘combo’ de lama e buraco é mais uma dor de cabeça para pacientes em Campo Grande

Moradores do bairro Santa Mônica e região se revoltam com condição da rua

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Situação se agrava com os alagamentos em dias de chuva (Henrique Arakaki, Midiamax)

A situação precária em que se encontra a Rua Lúcia Helena Coelho Maymone, localizada no bairro Santa Mônica, região oeste da cidade, tem sido uma dor de cabeça para os moradores da região. Isso porque, além da falta de asfalto, dos buracos e da lama que se acumula em dias chuvosos, ela abriga uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). As condições extremas se tornam mais um obstáculo para quem precisa de atendimento médico.

“É muito triste a situação dessa rua, não consigo sair de casa e, se tiver que sair, só consigo se for de carro”, contou Marli de Souza Bueno, aposentada de 61 anos. Ela é cadeirante, mora no Bosque Santa Mônica há 25 anos, e faz parte do grupo de pessoas que penam no dia a dia para se deslocarem pelo bairro.

Pessoas de toda a região que precisam se deslocar até a unidade enfrentam os problemas de acessibilidade causados pela precariedade da via. Segundo os moradores, em dias chuvosos tudo piora, pois os alagamentos são constantes.

Marli de Souza Bueno (Henrique Arakaki, Midiamax)

Este é o caso do casal Moacir Leite, de 62 anos, e Valéria Nunes, de 50 anos, que são proprietários de um espetinho logo em frente à UPA. Ele conta que para controlar a água que avançava sobre seu estabelecimento, construiu uma barreira com tijolos, em investimento de mais de R$ 700.

No último dia 12, uma equipe da administração municipal esteve no bairro para cascalhamento da rua, serviço que foi realizado. Entretanto, no dia 17 sobreveio uma nova chuva e um problema surgiu do que deveria ser a solução: o nível mais alto da rua cascalhada fez com que água avançasse ainda mais para dentro das casas.

“Essa chuva do dia 17 me trouxe grande prejuízo, pois perdi um rack de TV, um sofá e estragou um guarda-roupa”, disse Moacir. Ele conta ainda que em dias de chuva, não pode sequer abrir o estabelecimento e assim perde a possibilidade de vender seus produtos.

Já Valéria Nunes reclama que, na sua percepção, não recebe retorno do pagamento de seus impostos. “Acho um absurdo porque somos pagadores de impostos, se atrasamos qualquer taxa ou licença, somos multados, mas quando precisamos do retorno, de investimentos, pouco recebemos”, desabafou.

Veja vídeo com a situação da rua:

A reportagem do Midiamax entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande e questionou sobre qual a previsão de manutenção para esta rua e se há programação, ainda, de asfaltamento para este bairro.

Em resposta, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que uma equipe técnica deve ir ao local verificar a situação.

“Até o momento não recebemos nenhuma solicitação pelos canais 156 e Fala CG.  Quanto ao asfalto, no momento, não há projeto para pavimentação de vias na região. A Prefeitura segue buscando recursos para ampliar o número de vias asfaltadas por toda Campo Grande”, informou a Prefeitura.

Em novo contato com a reportagem nesta manhã, a Sisep informou que equipes estão trabalhando no local.

E como se não bastasse a situação da infraestrutura da rua, os moradores que buscam atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica esbarram ainda na falta de medicamentos para dar início ao tratamento de suas doenças, como noticiou o Midiamax nesta terça-feira (9).

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