Queimadas no Pantanal estão controladas, mas seca histórica deixa Bombeiros em alerta

Desde abril, Mato Grosso do Sul está em situação de emergência ambiental devido à seca severa no Pantanal

Jennifer Ribeiro – 15/05/2024 – 12:22

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Queimadas no Pantanal. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Foco de calor é um dos indicadores usados pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) no monitoramento de incêndios na região do Pantanal. De janeiro a maio deste ano, o Pantanal registrou 775 focos de calor, número bem superior aos 90 registrados no mesmo período do ano passado, como apontam os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo a tenente-coronel Tatiana de Oliveira, diretora de Proteção Ambiental do CBMMS, se comparar os dados de 2023 e 2024 no período de janeiro a maio, desconsiderando o número de queimadas autorizadas, o número de incêndios é muito similar. Contudo, as previsões para 2024 não são favoráveis.

Até agora, o mês mais crítico do ano foi janeiro, quando foram registrados 310 focos. Março vem na sequência, com 176, e maio, que ainda nem terminou, vem em terceiro, com 122 focos identificados.

Só para comparar, dentro deste período, o maior registro em 2023 foi no mês de maio, com 33 focos. Assim, 2024 só fica atrás de 2020, quando o Pantanal registrou 2.128 focos ativos de queimadas.

Seca histórica

Em abril o Governo de MS decretou situação de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, pelo prazo de 180 dias, devido às condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle sobre qualquer tipo de vegetação, acarretando queda drástica na qualidade do ar.

Desde então, uma equipe, hoje de 59 militares, está na região. Neste processo de identificar o foco de incêndio, o Corpo de Bombeiros faz a exclusão do que é queima autorizada daquelas que não se confirma. Isso possibilita saber onde a equipe deve atuar, seja com combate, seja com prevenção

“É por isso que desde o dia 2 de abril estamos trabalhando nas atividades de prevenção, porque em 2024 nós já combatemos grandes incêndios, desde janeiro, fevereiro, abril, não só no bioma Pantanal, como em outros também, como o Cerrado e Mata Atlântica”, pontua a comandante.

“Com os boletins do Cemtec – Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS -, que já tem a previsão das condições climáticas severas para 2024, nós já iniciamos as atividades preventivas em todo Mato Grosso do Sul”, acrescenta.

Novas bases

Na última terça-feira (14), o CBMMS promoveu, no Mirante do Porto Geral em Corumbá, o lançamento das sete Bases Avançadas de Combate aos Incêndios Florestais no Pantanal.

O lançamento das bases compõe as ações de estratégia às crescentes ameaças de incêndios florestais na região pantaneira, elo prazo de 180 dias, devido às condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle sobre qualquer tipo de vegetação acarretando queda drástica na qualidade do ar.

Das novas bases, uma está às margens do rio Paraguai, três às margens do rio São Lourenço e duas em Nhecolândia. Com isso, o CBMMS busca posicionar guarnições estrategicamente para prevenção, educação ambiental e capacitação da população local.

Na próxima semana, está previsto o lançamento de mais seis bases, incluindo em Miranda, Porto Murtinho, Costa Rica e Naviraí, somando 13 bases só na região do Pantanal.

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