Com risco de seca histórica, Governo decreta situação de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul
Com vigência de 180 dias, ações de decreto tentam evitar incêndios florestais
Priscilla Peres, Jennifer Ribeiro –
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O Governador Eduardo Riedel assinou nesta terça-feira (9), decreto que declara estado de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, pelo prazo de 180 dias, devido às condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle sobre qualquer tipo de vegetação acarretando queda drástica na qualidade do ar.
A assinatura acontece durante o 1° Workshop Presencial de Prevenção aos Incêndios Florestais em 2024, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) e o Comitê do Fogo de MS (Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul).
Esse decreto está sendo preparado há pelo menos 15 dias, quando o Governo divulgou que já tinha condições ambientais para uma situação de emergência no Estado. O intuito é auxiliar nas ações de conscientização, prevenção e de combate aos incêndios florestais no Estado, em especial no Pantanal.
A partir do decreto, o Governo deve dar início a uma campanha de comunicação voltada para conscientizar a população sobre as condições de seca no Pantanal e os riscos de incêndios florestais, visto que atear fogo em vegetação faz parte do costume de comunidades.
Rio Paraguai caminha para pior seca da história de MS
O nível do Rio Paraguai, em Ladário, caminha em 2024 para atingir o pior nível histórico de seca já registrada em Mato Grosso do Sul. Nesta semana, a régua de Porto Esperança marca 7 centímetros, sendo que indicação de 35 cm já é considerada estiagem. A situação é crítica e pode estar relacionada com as mudanças climáticas e as consequências nas temperaturas e ciclo de chuvas.
Pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani, acompanha há anos o comportamento dos rios de Mato Grosso do Sul, principalmente na bacia do Paraguai e afirma que o cenário atual é preocupante. A referência usada por ele é o nível do Rio Paraguai na régua de Ladário, que representa 80% da baía e tem histórico de 123 anos.
O principal alerta é que, nesta época do ano, a região pantaneira encerra o período de cheias e inicia a estiagem, mas os rios não encheram como era esperado. As altas temperaturas, aliadas a irregularidade e pouco volume de chuvas, afetam diretamente a bacia do Pantanal e, consequentemente, o nível dos rios.
“Tem chovido, mas a chuva não tem influenciado no nível dos rios porque é necessária muita chuva para infiltrar no solo e encher os rios, mas as chuvas estão irregulares e está muito calor, o que também contribui para que a chuva não seja suficiente”, explica o pesquisador.
Com chuvas irregulares e rios secos, outras duas graves consequências acontecem: falta de navegabilidade na hidrovia e tendência a incêndios.
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