“Um caos”, é o que afirma assistente de educação infantil de Campo Grande sobre a rotina dentro das Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil). Dezenas de profissionais paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (5) e se reúnem em frente à prefeitura municipal.

Acompanhe live do Jornal Midiamax sobre o protesto.

Apesar do movimento organizado das assistentes que cruzaram os braços nesta manhã, elas não sabem informar quantas unidades foram fechadas e nem quantas profissionais pararam as atividades. “A realidade é nós fazendo o trabalho de várias pessoas ao mesmo tempo, porque falta muito funcionário para atuar”, afirma outra assistente.

Uma das reivindicações das profissionais é por melhores salários, já que a remuneração das assistentes é de cerca de R$ 1,5 mil. Em manifestação, as profissionais afirmam que precisam de aumento salarial e querem ser ouvidas pela prefeitura para a elaboração de um novo edital.

“Me sinto humilhada, porque cuidamos de até 26 crianças por sala de aula e o salário não dá para nada. Ainda preciso fazer trabalhos por fora para conseguir uma renda melhor”, diz outra assistente. Na Emei localizada na Antônio Maria Coelho, há um déficit de 8 profissionais, conforme as assistentes.

Jornal Midiamax entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para mais informações sobre a paralisação e aguarda retorno.

Profissionais já protestaram em fevereiro

Em 7 de fevereiro deste ano, cerca de 2 mil assistentes da educação municipal protestaram em frente à Prefeitura de Campo Grande. A categoria alega defasagem salarial desde 2017. Na contagem da Guarda Civil Metropolitana, no entanto, foram 350 manifestantes.

A vice-presidente do sindicato da classe, Lucyana Dwit, diz que o grupo cobra a revisão salarial para valorização das assistentes de educação infantil.

“Houve uma alteração minúscula se comparado as outras categorias da educação. Também reivindicamos outras demandas, como denúncia de coisas relacionadas às escolas, atestado de acompanhante, pois elas não têm direito de atestado quando vão levar o filho ao médico. Faz anos que elas tentam ser ouvidas e não conseguem. Criamos esse sindicato há um ano e meio para dar apoio e força para a categoria. Fomos recebidas pelo [vereador] João Rocha e, após o Carnaval, vamos nos reunir com a Secretária de Educação para apresentar nossa proposta e ouvir a contraproposta e pedir que nesse novo processo tenha a renovação das demandas exigidas”, disse na ocasião.

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