“Salário digno”, “Pouca assistente”, “Cadê as assistentes do processo seletivo?” Estas são algumas das frases estampadas em cartazes segurados por assistentes da Emei Emy Ishida Nascimento Nogueira, que cobram melhores condições de trabalho e aumento salarial – que atualmente é de R$ 1,5 mil – e contratação de mais profissionais.

A reportagem do Jornal Midiamax esteve no local conversando com as profissionais, que ainda na manhã desta terça-feira (5) devem ir até a Prefeitura Municipal de Campo Grande tentar negociar um ajuste salarial.

“A nossa principal reivindicação é a falta de funcionário. Começamos o ano letivo, muitas crianças, tem sala que falta uma assistente, tem sala que faltam duas. Estamos sobrecarregadas, então estamos pedindo ajuda”, afirma uma das assistentes que reivindica melhores condições de trabalho.

Ao ser questiona se há falta de conversa entre a categoria e a Semed (Secretaria Municipal de Educação), a assistente pontua: “Não acho nem que seja alta de diálogo. A gente conversa, eles fazem cara de paisagem pra gente, falam que vão resolver, falam que vão ver, o ano passa e é essa correria. Nas Emeis do Centro, o déficit é ainda maior”.

Para as assistentes, é fundamental que haja a contratação de novos profissionais, tendo em vista a dificuldade que é para elas atender às demandas e necessidades de tantas crianças ao mesmo tempo.

“Frequentemente ficamos com 17, 18, 19 crianças. A gente acaba ficando sozinha […] acaba sobrecarregando a gente, porque estávamos acostumados com um número menor de alunos. É muita criança para duas assistentes, quem dirá uma só. Isso adoece a gente”, pontua a profissional.

“As crianças ficam nervosas e a gente não consegue dar aquele acalento, aquele aconchego que as crianças precisam agora, nesse momento de adaptação”, afirma.

Agora, elas pretendem conseguir nova negociação com a Prefeitura. Segundo as assistentes, o reajuste que querem aplicar não é suficiente.

“Se for depender do salário daqui, não dá. A gente recebe R$ 1,5 mil e aí tem os descontos, já abaixa para R$ 1,3 mil. Então, não tá fácil. É mercado, aluguel, criança que precisa das coisas, médico… A gente tá nessa luta pelo salário. Vamos para a prefeitura reivindicar por causa da questão salarial”.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o momento não houve devolutiva. O espaço segue aberto.

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