Policiais civis de Dourados sinalizam greve caso não haja acordo por reajuste
Índice de resolução de crimes na maior cidade do interior é de 93%
Marcos Morandi –
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Caso não entrem em entendimento com o Governo do Estado, os policiais civis de Mato Grosso do Sul devem entrar em greve nos próximos dias. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (9) pelo Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis) durante a sessão da Câmara Municipal de Vereadores.
Com o apoio dos parlamentares Márcio Pudim (PSDB) e Rogério Yury (PSDB), que são policiais, a categoria recebeu moção da Casa de Leis. “Estamos diante de um momento muito delicado que pode comprometer a segurança da população”, disse o presidente do Sinpol-MS à reportagem do Jornal Midiamax.
Segundo dirigente sindical, até o momento o Governo do Estado não apresentou nenhuma contraposta que atenda a categoria. “O governo fez um acordo com a categoria e não está cumprindo. Se não houver um entendimento a respeito da nossa situação salarial, não está descartada uma greve”, ponderou Alexandre Barbosa.
Somente na Delegacia Regional de Dourados, que abrange também as cidades de Nova Alvorada, Rio Brilhante, Douradina, Itaporã, Maracaju e Laguna Carapã, o efetivo é de cerca de 300 policiais.
“Nós aqui em Dourados temos um índice de resolução de crimes de mais de 93%. Esse descaso em relação ao trabalho é desestimulante. Nós não queremos prejudicar a sociedade, mas se for necessário, iremos cruzar os braços”, disse policial civil ouvido pela reportagem do Jornal Midiamax.
Manifestações pontuais
“Parte do reajuste deveria ter sido repassada até agosto deste ano, com as demais etapas nos próximos anos. Entretanto, o governo não cumpriu a promessa e, ainda por cima, sugeriu incluir o auxílio-alimentação no salário, o que reduziria nossos ganhos líquidos devido à incidência de impostos”, diz uma nota do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS).
Ainda segundo a entidade sindical dos policiais, os policiais civis seguem com manifestações pontuais, mas que por enquanto não comprometem os serviços essenciais.
“Casos envolvendo crianças, idosos e flagrantes serão atendidos normalmente. A segurança pública não será afetada nos casos mais urgentes”, explica o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.
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