Evento abordou desafios da em MS (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Apesar do fim da pandemia, os casos de seguem evoluindo em óbitos em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado registrou 1.776 casos e 16 mortes pela doença. Nesse contexto, a baixa cobertura vacinal é identificada pelas autoridades em saúde como a principal razão por trás desses óbitos, uma vez que mais de 300 mil pessoas em todo o MS estão com a vacina em atraso.

Na manhã desta quarta-feira (7), o secretário estadual de saúde, Maurício Simões, participou da abertura do evento intitulado ‘Avanços e Desafios da Covid-19 em 2024' e destacou a importância de traçar estratégias de enfrentamento à doença, como ampliar a vacinação.

“O número de casos aumentou nesses últimos meses, mas não são casos graves, a maioria dos casos que evoluem a óbito são de pessoas que não estão com a dose da vacina em dia. É essencial que a população reforce o esquema vacinal”.

Titular da SES, Maurício Simões. (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Para a nova secretária de saúde da (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite, o maior desafio é enfrentar a resistência da população às vacinas de Covid-19.

Secretária de saúde da Sesau, Rosana Leite (Nathalia Alcântara, Midiamax)

“Ainda há uma resistência às vacinas, se comparado a década de 70, hoje as pessoas são mais críticas. Por isso pedimos principalmente para o público de risco, que são crianças, idosos e pessoas com comorbidades, para completar o esquema vacinal e manter os cuidados preventivos”, diz.

Rosana Leite ressalta que a vacinação contra a Covid resultou em uma redução de 88% dos óbitos registrados em . Em 2024, foram contabilizadas três mortes, todas de idosos.

Tivemos 88% de redução nos óbitos em Campo Grande por conta da vacina. Tivemos três óbitos neste ano, pessoas vacinadas, mas eram idosos; por isso, é importante redobrar os cuidados.

“Como secretária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde vivi dias inimagináveis durante a pandemia. Chegamos a ter 146 pacientes entubados no Hospital Regional. Para que isso não se repita, precisamos investir no enfrentamento”.

Marcelo Wata (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Técnico da Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Marcelo Wada, reforçou a importância da vacinação como o principal meio de prevenir casos graves da Covid.

Segundo ele, apesar da redução nos óbitos após o início da vacinação, a cobertura segue abaixo do esperado, indicando a necessidade de intensificar as campanhas.

Mais de 300 mil não tomaram vacina contra Covid

Vacina contra Covid

Vacina contra Covid segue disponível em todos os postos de saúde (Divulgação)

Dados da SES indicam que, em todo Estado, mais de 339 mil pessoas ainda não receberam nem a primeira dose da vacina, o que corresponde a 11% do público de 2,6 milhões de pessoas. Os números são praticamente os mesmos que os registrados em junho do ano passado, conforme noticiado pelo Midiamax.

Na faixa etária de crianças entre 5 e 11 anos, 118.240 estão com a primeira dose da vacina em atraso, ou seja, 39,3% do total de crianças aptas a se vacinarem. Já em relação à segunda dose, 67.564 crianças ainda não receberam o imunizante. Ao todo, 301.008 crianças estão aptas a receber o imunizante em MS.

O público-alvo que compreende a faixa etária entre 12 e 34 anos apresenta os maiores índices de doses em atraso. Neste grupo, 121.793 pessoas ainda não tomaram a D1, ou seja, 12,2% do total. A D2 não foi aplicada em 123.354 pessoas, cerca de 12,3% do público.

A faixa etária que compreende pessoas de 35 anos ou mais apresenta o menor índice de vacinas atrasadas: 99.266 (D1) e 85.041 (D2). Ao todo, são 1.316.026 aptas a serem imunizadas.

Em relação à dose de reforço, mais de 215 mil pessoas entre 12 e 34 anos estão com a vacina em atraso, o que representa 21,5% do público-alvo de 1.002.904 pessoas. Entre as pessoas com 35 anos ou mais, 85.121 estão com o primeiro reforço atrasado e 692.624 não receberam a segunda dose de reforço.