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Cotidiano

Morte de bebês e hospitais lotados: Médico dá dicas de como proteger os pequenos de doenças respiratórias

Nesta semana, a doença já chegou a vitimar dois bebês de menos de 1 ano, e Capital chegou a 94 mortes
Karine Alencar, Lucas Caxito -
(Médico da Sesau, Cyro Mendes. Foto: Henrique Arakaki/ Jornal Midiamax)

Da rede pública a particular, hospitais enfrentam surto de síndrome respiratória desde o início do ano em . Nesta semana, a doença já chegou a vitimar dois bebês de menos de 1 ano, o que fez a Capital chegar a 94 mortes por doenças respiratórias em 2024, além de 1.357 casos registrados.

Diante do cenário que tem assolado a cidade e desesperado os pais, o médico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Cyro Mendes, dá dicas de como proteger as crianças e lidar com a doença desde os sintomas iniciais.

O especialista considera que “quanto mais evitar aglomerações, principalmente para a população infantil e especialmente as crianças menores de 6 meses – que não estão no alvo da vacinação da gripe porque justamente eles não podem fazer essa vacina antes dos 6 meses – a gente evita a possibilidade de agravamento”.

Ele ressalta que, como todo resfriado e gripe, não existe uma medicação específica sem antes passar pelo atendimento médico, e que é preciso observar os sintomas. “Tem que lavar o nariz com soro, tem que saber que a criança vai ter febre, que vai ter o ‘nariz escorrendo’, que vai ter tosse e algum desconforto respiratório”.

Reconhecendo os sintomas, a ida ao médico vai depender da persistência deles, portanto. “Quando você vir que o antitérmico não está mais dando conta da febre, que a febre está ficando constante; ou que a criança está passando por algum tipo de desconforto um pouco maior, ficando mais irritada ou até mesmo mais sonolenta; estes são sinais de que a gente precisa procurar imediatamente um atendimento médico”, destaca.

Orientação médica é fundamental

O médico explica que, apesar de os sintomas iniciais aparentarem ser resfriados simples, é preciso orientação médica, a fim de evitar casos graves. Ele lembra que para evitar aglomerações dentro das unidades de urgência (UPAs), é muito importante que a população procure pela unidade básica de saúde do seu bairro, onde também são disponibilizados atendimentos precisos.

“É importante que a gente lembre que são 74 unidades básicas de saúde espalhadas pela cidade e que podem fazer esse tipo de atendimento. Então, se você tem uma criança com menos de um ano com resfriado, coriza e uma febre baixa, procure uma das 74 unidades”, orienta.

Mortes em Campo Grande

Dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) mostram que o número de casos e mortes segue crescente em Campo Grande. Só na semana 20, em curso, são 85 casos confirmados de doenças respiratórias, número superior aos 64 casos registrados na mesma semana do ano passado.

Além dos dois bebês, as doenças respiratórias fizeram mais uma vítima nesta semana, uma pessoa entre 40 e 49 anos. Entre os casos registrados nesta semana, são 20 em bebês menores de um ano e 24 em crianças de um a 9 anos. Entre os idosos são 23 caos em pessoas acima de 60 anos.

O avanço dos casos de SRAG este ano se diferencia do comportamento de 2023. Isso porque, no ano passado, a crise começou em março, com pico de casos na semana 13, seguida de redução. Diferentemente, este ano, os dados mostram crescimento linear, sendo a semana 18 a com mais casos até o momento.

Campo Grande em emergência de saúde

prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência em saúde no dia 1° de maio devido à alta de casos de síndrome respiratória aguda grave. Com unidades de saúde lotadas, a Sesau negocia a abertura de novos leitos, principalmente pediátricos.

Conforme a secretária de Saúde, Rosana Leite, há aumento da ocupação de leitos das unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência por conta do aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.

Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças e também o tempo de internação é maior.

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