Incêndio que atinge a Serra do Amolar desde 27 de janeiro foi controlado no fim de semana após ação de combate dos pelo ar e ocorrências de chuvas isoladas no . Foram destruídos quase 2,7 mil hectares do território que é considerado Patrimônio Natural da Humanidade.

Nesta segunda-feira (5), a região segue com brigadistas da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), e bombeiros militares de para atuarem com rescaldo e monitoramento.

“Percebemos que há uma situação de controle do fogo neste momento. Infelizmente, o incêndio não acabou no sentido que as cicatrizes agora ficam mais evidentes. Temos técnicos do IHP atuando para buscar mensurar quais impactos houveram para a vida selvagem e temos que pensar em formas de tentar agir para a recuperação de áreas atingidas”, explica a coordenadora de operações do IHP, Isabelle Bueno.

O fogo do fim de semana queimou áreas que já tinham sido afetadas pelos incêndios. A Brigada Alto Pantanal está vistoriando a região. A região recebeu uma doação de 580 mudas de plantas frutíferas para serem plantadas em área de comunidade.

As mudas foram doadas pelo Recanto Ecológico Rio da Prata, que fica em (MS). As mudas foram produzidas na RPPN Cabeceiras do Prata, na região de Jardim.

A Serra do Amolar

A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal, no município de (MS), compreende um território de grande biodiversidade, é área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. Essa área fica a cerca de 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial. Só é possível chegar nesse local por ar ou pelo rio Paraguai.

Devido a várias particularidades, incluindo os seus elementos naturais, geográficos e ecológicos, a região tem potencial de abrigar espécies de plantas e animais que são de exclusividade da Serra do Amolar. Por ali, há interações de fatores geográficos, climáticos e ecológicos que criam ecossistemas particulares que não são encontrados em outras partes do Pantanal.

Além disso, trata-se de um território considerado uma barreira natural para o fluxo das águas, que se difere completamente de todo o restante do bioma. Ali existe uma variedade de terrenos e paisagens, áreas com características de Mata Atlântica, de Pantanal, de Amazônia, o que resulta na sua riqueza de biodiversidade.