Ciclone no litoral: Tempestade Akará não traz riscos para Mato Grosso do Sul
Estado deve registrar chuvas fracas a moderadas, mas localmente fortes
Karina Campos –
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A formação de um ciclone na costa brasileira, fenômeno batizado de Akará, tem alertado autoridades em razão de riscos do sistema atípico, uma vez que os ciclones subtropicais ou tropicais são menos frequentes que os extratropicais. A meteorologia indica que o “furacão no litoral” não deve trazer riscos para Mato Grosso do Sul.
Valesca Fernandes, meteorologia e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), esclarece que são esperadas chuvas de intensidade fraca a moderada, podendo ser localmente forte em algumas regiões do Estado nesta segunda-feira (19).
Entretanto, as instabilidades atmosféricas são causadas pela ocorrem devido à atuação de áreas de baixa pressão atmosférica, aliado à disponibilidade de umidade e deslocamento de cavados.
“Destaca-se que a maior probabilidade de chuvas deve ocorrer nas regiões norte, nordeste, leste, central e pantaneira. Em alto mar, na altura das regiões sul e sudeste do Brasil, temos a atuação de uma depressão subtropical, que deverá evoluir para uma tempestade subtropical. A Marinha do Brasil mostra a previsão que essa tempestade se torne uma tempestade tropical. Caso seja confirmado o sistema como uma tempestade, será denominada acará. Porém, sua trajetória não traz riscos ao Mato Grosso do Sul”, explica.
Alerta
No domingo (18), a Marinha do Brasil emitiu o boletim informando que a baixa pressão passou de depressão subtropical para uma depressão tropical. Segundo a MetSul, a transição não significa mudança de intensidade, mas que as características da área de baixa pressão se alteram.
“Antes, quando subtropical, o centro era quente e frio de acordo com a altitude, e agora como tropical, o centro é integralmente quente”.
Os ventos desse fenômeno variam de 60 km/h a acima de 100 km/h. Conforme o Clima ao Vivo, uma tempestade tropical é o segundo estágio da formação de um furacão. “Deste 20211, quando a Marinha do Brasil começou a nomear as baixas pressões especiais que se formam em água territoriais brasileiras, só ocorreram dois eventos de ciclone tropical, Iba, uma tempestade tropical que surgiu entre 23 e 27 de março de 2019, e o furacão Catarina, que atuou entre 24 e 28 de março de 2004”.
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