‘Empacada’ há 17 anos, nova licitação de R$ 8 milhões para obras do Belas Artes deve sair nos próximos dias

Prefeitura rescindiu contrato com a empresa que fazia a execução das obras no início de março

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Obra parada no Cabreúva. (Arquivo, Midiamax)

A ‘novela’ envolvendo as obras do Centro Municipal de Belas Artes de Campo Grande pode ganhar novo capítulo em breve. Nesta sexta-feira (19), o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Marcelo Miglioli, afirmou que lança, nas próximas semanas, nova licitação para contrato de R$ 8 milhões da construção do espaço cultural, localizado no Cabreúva.

No início de março, a Prefeitura de Campo Grande rescindiu contrato com a empresa que fazia a execução das obras. A decisão foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) do dia 11.

Anunciado em 2007, o Belas Artes já passou por inúmeras paralisações e retomadas, assim como readequações de projeto, suspensão de prazos e troca de empresas que fariam a construção do empreendimento. 

No ano passado, houve a suspensão do prazo, com a entrega prevista para março deste ano. À época, o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Domingos Sahib Neto, disse que o serviço estava em andamento. 

“Mas o que está sendo executado não está de acordo com o projeto, por isso, estamos adequando os projetos para a conclusão”, comentou. A rescisão contratual com a Empresa Campana & Gomes Engenharia Ltda, ocorrida em março, foi assinada por Miglioli, atual secretário. 

Contrato do Belas Artes rescindido

Ao ser lançada, a licitação previa recursos de R$ 5.178.240,38 para concluir o Centro de Belas Artes, no bairro Cabreúva. Entretanto, em abril de 2021 a obra enfrentou paralisação após a rescisão do contrato com a empresa Vale Engenharia e Construções, que chegou a ser contratada por R$ 3.175.125,66.

Naquela época, a secretaria alegou que os preços contratados se tornaram ‘inexequíveis’ durante o desenrolar da ação. A previsão era de que a obra – que envolve 20% do prédio, dentro de convênio com o Ministério do Turismo – durasse 270 dias ao custo de R$ 3.175.125,66. 

Isso porque o “esqueleto” que existe atualmente no local tinha como projeto original a instalação da rodoviária da cidade, mas que teve a finalidade modificada posteriormente.

No contrato rescindido em 2021, a obra nessa parte já existente do imóvel precisaria ser concluída para só então as demais partes do prédio serem finalizadas. A ideia é que o Belas Artes tenha salas de pintura, dança, música e teatro, sob gestão da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

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