Em meio a alta de incêndios, céu encoberto por fumaça vira rotina em Campo Grande

Com a cidade encoberta por fumaça, a prática de atividades físicas requer cuidados especiais

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Céu encoberto por fumaça neste sábado (14)
Céu encoberto por fumaça neste sábado (14) (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Campo Grande amanheceu novamente com o céu encoberto por fumaça, resultado dos incêndios florestais e urbanos que assolam Mato Grosso do Sul. Na manhã deste sábado (14), apesar das condições adversas, muitos campograndenses ainda saíram de casa para se exercitar no Parque dos Poderes.

Embora recomendada, a prática de atividades físicas requer cuidados especiais em períodos de seca e baixa umidade. Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a umidade relativa varia entre 12% e 20%, o que aumenta o risco de incêndios e pode provocar problemas de saúde, como ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz.

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Na sexta-feira (13), a qualidade do ar no Estado atingiu seu pior nível do ano. O monitoramento relatou um aumento significativo da fumaça das queimadas, que na manhã deste sábado estava ainda mais densa, encobrindo prédios da cidade.

Como se proteger?

Céu de Campo grande
Céu de Campo grande (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Para se proteger do clima tempo e seco, recomenda-se seguir alguns cuidados básicos:

  • Beba bastante líquido para manter o corpo hidratado, mesmo se não estiver com sede.
  • Evite atividades físicas extenuantes durante as horas mais secas e quentes.
  • Minimize a exposição direta ao sol durante os horários de maior calor.
  • Lave as mãos regularmente e evite tocá-las no rosto.
  • Opte por frutas com alto teor de líquidos, como melancia, melão e laranja.
  • Use soro fisiológico nos olhos e nariz para evitar o ressecamento.
  • Hidrate a pele do rosto e do corpo, especialmente após o banho e antes de dormir.
  • Utilize chapéus e óculos de sol para se proteger dos raios solares.

É importante redobrar a atenção com crianças e idosos, que são mais vulneráveis a problemas de saúde nesse período. A hidratação é especialmente crucial para eles. Com temperaturas tão elevadas, os riscos se agravam para aqueles que possuem maior fragilidade física, como os idosos.

Uso de máscaras volta a ser recomendado em Campo Grande

Máscara modelo Pff2. (Reprodução, Arquivo/Midiamax)

Com a piora na qualidade do ar em Mato Grosso do Sul, as máscaras tornaram-se uma medida essencial para proteção contra a inalação de fumaça e impurezas.

O pneumologista Ronaldo Perches alerta que estamos enfrentando um momento crítico, no que diz respeito às condições climáticas e à saúde respiratória.

“Não existe nenhuma relação de usar máscaras, atualmente, com o tempo da Covid-19. O que se sugere é que aquelas pessoas que estiverem em cidades onde a fuligem for muito espessa, onde tiver poluição do ar, usem uma máscara N95 profissional para diminuir a aspiração de poluentes. Isso pode ajudar se tiver que sair de casa”, orienta o médico.

Segundo o especialista, a voltar para a casa, o item deve ser retirado do rosto. “Isso diminui a inalação de partículas nocivas para a saúde respiratória”, reforça o pneumologista. No entanto, ele destaca que o uso de máscara nem é o ideal diante da atual realidade climática.

“Ficar em casa é o ideal. Usar um umidificadores, quem não tiver, colocar vasilhas com água, toalha umedecida, pendurá-las nas janelas, manter a casa fechada, sim, essas medidas ajudam evitar a entrada de muitos poluentes”, detalha o médico.

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