Com casos em alta e surto no HR, mais de 300 mil pessoas nunca tomaram vacina contra Covid em MS
Hospital Regional suspendeu cirurgias eletivas após aumento de atestados de funcionários, muitos com Covid
Lethycia Anjos –
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O ano de 2024 iniciou com uma alta expressiva no número de casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Em um intervalo de sete dias, os casos confirmados saltaram de 138 para 275, enquanto as mortes subiram de três para seis óbitos. Em meio a alta de casos, 339.827 mil pessoas não receberam nem a 1ª dose da vacina. O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu cirurgias eletivas a partir desta segunda (15) em razão de avalanche de atestados médicos de funcionários, muitos com Covid-19.
Os dados do boletim epidemiológico da SES (Secretara Estadual de Saúde) apontam que os casos novos ocorreram em 31 municípios. Campo Grande aparece no topo da lista com 101 notificações, em seguida aparecem Dourados (24), Jardim (18) e Antônio João (13).
Já as mortes foram de pacientes em Campo Grande – duas pessoas de 73 e 84 anos –, Bataguassu, Maracaju, Jardim e Ivinhema. Apenas um óbito – de uma mulher de 85 anos – em Jardim, ocorreu na primeira semana epidemiológica (no dia 2 de janeiro deste ano).
Mais de 300 mil pessoas com doses em atraso
Dados da SES indicam que, em todo Estado, mais de 300 mil pessoas ainda não receberam nem a primeira dose da vacina, o que corresponde a 11% do público de 2,6 milhões de pessoas. Os números são praticamente os mesmos que os registrados em junho do ano passado, conforme noticiado pelo Midiamax.
Na faixa etária de crianças entre 5 e 11 anos, 118.240 estão com a primeira dose da vacina em atraso, ou seja, 39,3% do total de crianças aptas a se vacinarem. Já em relação à segunda dose, 67.564 crianças ainda não receberam o imunizante. Ao todo, 301.008 crianças estão aptas a receber o imunizante em MS.
O público-alvo que compreende a faixa etária entre 12 e 34 anos apresenta os maiores índices de doses em atraso. Neste grupo, 121.793 pessoas ainda não tomaram a D1, ou seja, 12,2% do total. A D2 não foi aplicada em 123.354 pessoas, cerca de 12,3% do público.
A faixa etária que compreende pessoas de 35 anos ou mais apresenta o menor índice de vacinas atrasadas: 99.266 (D1) e 85.041 (D2). Ao todo, são 1.316.026 aptas a serem imunizadas.
Em relação à dose de reforço, mais de 215 mil pessoas entre 12 e 34 anos estão com a vacina em atraso, o que representa 21,5% do público-alvo de 1.002.904 pessoas. Entre as pessoas com 35 anos ou mais, 85.121 estão com o primeiro reforço atrasado e 692.624 não receberam a segunda dose de reforço.
HRMS suspende cirurgias após possível surto de Covid
Em meio ao aumento de casos, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu nesta segunda-feira (15) as cirurgias eletivas e restringiu as visitas como medida de reorganizar recursos e segurança sanitária na unidade, diante de um possível surto de Covid-19.
A situação, segundo o hospital, é ainda mais complicada devido ao baixo estoque de álcool 70% e substituição para clorexidina 0,5%, que teria a mesma eficácia para limpeza dos setores.
“Hospital Regional de Mato Grosso do Sul informa que devido à recente elevação no número de colaboradores com atestado médico, parte com Covid-19, algumas medidas foram adotadas por recomendação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do hospital a fim de evitar a transmissão de infecções”, diz a nota.
Entre as medidas adotadas pelo hospital estão:
- Suspensão temporária de cirurgias eletivas a partir de 15 de janeiro com
previsão de retomada após 5 dias; - Limitação de apenas uma visita por paciente;
- Uso obrigatório de máscaras.
Casos são monitorados diariamente
Em nota, a SES esclareceu que monitora diariamente os casos novos, internações por Covid-19, assim como óbitos em todo Estado.
“Há preocupação quanto a casos represados e que podem ser inseridos nos sistemas de notificação nos próximos dias como reflexo das festividades de final de ano, aglomerações, viagens”, diz.
Para evitar um novo surto da doença, a SES recomenda medidas de prevenção como uso de máscara, principalmente por pessoas imunocomprometidas e idosos. O risco também é maior para crianças menores de 2 anos e, por isso, familiares e cuidadores devem redobrar os cuidados.
“A melhor estratégia de prevenção é a vacinação que segue disponível em todas as unidades de saúde do Estado”, afirma a pasta.
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