Em dia de protesto, prefeitura de Campo Grande abre seleção com 1,5 mil vagas para assistentes infantis

A prefeitura de Campo Grande publicou no Diário Oficial desta terça-feira (5), o edital n° 06/2024-01 com processo seletivo simplificado para contratação de 1.578 assistentes de educação infantil e remuneração de R$ 1,9 mil. A publicação ocorre em paralelo à paralisação e ao protesto das assistentes de educação infantil.

Assistentes das Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) cruzaram os braços nesta terça-feira (5), em protesto contra o salário atual de R$ 1,5 mil e o déficit de profissionais dentro das salas de aula. Há relatos de rotina caótica com até 26 alunos em sala.

Conforme o edital, as inscrições para o processo seletivo devem ser realizadas do dia 6 a 13 de março diretamente no site, com encaminhamento dos títulos por e-mail. Mais informações podem ser obtidas aqui.

Protesto em frente à prefeitura

“Um caos”, é o que afirma assistente de educação infantil de Campo Grande sobre a rotina dentro das Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil). Dezenas de profissionais paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (5) e se reúnem em frente à prefeitura municipal.

Apesar do movimento organizado das assistentes que cruzaram os braços nesta manhã, elas não sabem informar quantas unidades foram fechadas e nem quantas profissionais pararam as atividades. “A realidade é nós fazendo o trabalho de várias pessoas ao mesmo tempo, porque falta muito funcionário para atuar”, afirma outra assistente.

Uma das reivindicações das profissionais é por melhores salários, já que a remuneração das assistentes é de cerca de R$ 1,5 mil. Em manifestação, as profissionais afirmam que precisam de aumento salarial e querem ser ouvidas pela prefeitura para a elaboração de um novo edital.

“Me sinto humilhada, porque cuidamos de até 26 crianças por sala de aula e o salário não dá para nada. Ainda preciso fazer trabalhos por fora para conseguir uma renda melhor”, diz outra assistente. Na Emei localizada na Antônio Maria Coelho há um déficit de 8 profissionais, conforme as assistentes.