A confusão entre servidores, usuários e uma advogada na manhã desta terça-feira (26), em Campo Grande, foi só mais um capítulo na difícil trajetória de Fátima Lemes. Moradora de Bandeirantes, interior de MS, ela teve a perícia reagendada por 4 vezes e já perdeu as contas de há quanto tempo espera.

A perícia dela estava marcada para as 11h20 e ela chegou ao prédio às 9h, após pagar do próprio bolso para se deslocar de casa até o INSS de Campo Grande. Era a 4ª vez que ela tentava passar por perícia.

“É uma situação horrorosa e agora vou embora para ver se alguém de lá de Bandeirantes consegue me ajudar com isso”, disse ela sobre o reagendamento da perícia pela 5ª vez. A orientação dada aos usuários foi para tentar reagendamento no local, o que pode demorar até 5 horas ou pelo telefone 135.

Outro caso, Lecenilda dos Santos, teve a perícia cancelada hoje, mas conseguiu reagendar para daqui a um mês, em 24 de abril. “Só remarcaram porque a gente começou a gritar e chamaram a imprensa, porque tinham mandado a gente ir embora e tentar remarcar em casa”, disse ela, que espera há seis meses pela perícia.

Advogada foi barrada de atendimento

O atendimento no INSS de Campo Grande foi paralisado na manhã desta terça-feira (26), após confusão envolvendo usuários, advogada, peritos e até a polícia. Dezenas de pessoas se concentram em frente a unidade localizada na Rua Anhanduí, no centro de Campo Grande, e uma mulher chegou a desmaiar.

Segundo informações, uma cliente chegou para atendimento junto da advogada, que foi impedida de participar do atendimento. A polícia militar foi acionada e todos foram parar na delegacia, enquanto os demais peritos pararam as atividades até resolver a situação.